quarta-feira, 17 de maio de 2006

Jimmy e as Jams Laws

ontem eu e a Lud encontramos o Jimmy no Ah,Bon!

primeiro que o pão do Ah,Bon! não é incomensuravelmente caro e é excelente

segundo que o Jimmy tinha ouvido falar das jams via Mari e começou a contar das experiências de Jam dele na California. Se inveja matasse, meu amigo... e dando as dicas de Jams dele

claro que o nível de uma Jam do Jimmy é uma coisa muito acima do nosso nível de Jam de barbearia, mas eu acho legal o Jimmy ser o cara acessível que é.

prá quem não conhece o Jimmy, ele é "O" bateirista de jazz de BH. Viveu a maior parte da vida dele na California e já tocou com meio mundo dos nomes famosos e dos nomes obscuros do Jazz. Não vou nem falar que o cara é foda.

é engraçado tb como é diferente jam nos states e jam no brasil. jam nos states é uma coisa cultural. Músicos idosos nos states não param quieto dentro de casa. Aqui, a jam só tem gente mais nova. Músicos mais experientes parecem se sentir inferiorizados de tocar com os iniciantes, ou preferem ainda ficar em casa tocando na cozinha.

acho que os músicos daqui ficam pensando "se eu andar com os novatos, as pessoas não vão achar que eu sou profissional". Certamente é por isso que grande parte dos gaitistas profissionais não participa do gaita-l, enquanto no harp-l, parece ser o contrário, quem posta mais são justamente os mais fodas. Leia Michalek, Bonfiglio, e etc.

é uma pena. a graça maior da música é o tesão de tocar com mais gente. mas tudo bem, é uma posição e eu respeito. só lamento ;-)

o mais importante é a música. é o resultado final, é o ambiente amistoso e democrático onde ninguém julga ninguém e onde todo mundo tá ali pq curte blues e pq vai ter é muito blues autêntico. é a amizade da galera.

foi o que eu aprendi na barbearia original de Washington. Uma cidade com tantos problemas de racismo, que foi palco de manifestações pacíficas e violentas pelos direitos civis das minorias, onde o preconceito não é tão velado quanto o daqui, tinha na barbearia um lugar onde gente de todos os lugares se tratavam de igual para igual, independente de cor, credo, nacionalidade ou idade.

eu sei que a primeira barbearia me fez sentir muito bem. e fez muita gente se sentir bem tb. a gente não precisa ficar ouvindo música ruim e vendo tv ruim só pq é o que eles põem na nossa frente. Basta sair de casa e ir tocar com quem tem bom gosto musical como vc ;-)

fácil assim

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