extremamente competente esse pessoal!
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
discografia comentada do bob dylan
olha
vcs sabem que eu odeio o bob dylan
mas vc não precisa deixar de gostar do bob e nem me odiar por isso. Basta a gente saber conviver com nossas diferenças.
então vou deixar aqui a dica de que saiu a discografia comentada do bob dylan no Brasil
vai que vc gosta disso.
http://www.dropmusic.com.br/index.php/ultimas-noticias/3086-discografia-comentada-de-bob-dylan-lancada-no-brasil
vcs sabem que eu odeio o bob dylan
mas vc não precisa deixar de gostar do bob e nem me odiar por isso. Basta a gente saber conviver com nossas diferenças.
então vou deixar aqui a dica de que saiu a discografia comentada do bob dylan no Brasil
vai que vc gosta disso.
http://www.dropmusic.com.br/index.php/ultimas-noticias/3086-discografia-comentada-de-bob-dylan-lancada-no-brasil
Blues Etílicos em Uberlândia, boas idéias e outras opiniões
Aí eu achei essa boa notícia pro pessoal de Uberlândia
O que eu achei boa idéia do evento: conciliar show de blues com ações de caridade e integrar com ações de conscientização cultural
E o Flávio dando um depoimento que 1/2 que concorda com meu argumento (entrar no mercado está mais difícil) e 1/2 que discorda do meu argumento de que o gaitista deve tentar caminhos inovadores (fãs de blues serão sempre fãs de blues).
A bem da verdade, eu acho que a grande maioria das bandas de blues no brasil não está aí para ganhar dinheiro, até pq o mercado é bem apertado. Quase todos os bons blueseiros que eu conheci (e não foram poucos) estavam nessa pq absolutamente amam o blues de forma intensa e sincera.
Eu tb acho que as pessoas deveriam procurar saber mais sobre outros estilos, abrir a mente para sons mais antigos e etc. Por outro lado, eu acho que o Blues Etílicos, quando surgiu, surgiu também com uma proposta inovadora, que na época eles mesmos chamavam de "Up Blues", que significava "nosso blues é dançante e vc pode se divertir, não vai ser um show com um monte de gente velha tomando whisky".
ALIÁS, eu acho que uma banda de blues que quiser alcançar o sucesso deveria medir sua audiência pelo número de mulheres no recinto. Mulheres são o filé do público, não fazem confusão, alegram o ambiente e são multiplicadoras de público. São hubs sociais naturais. Se uma banda de blues conseguir aliar num show [1] boa música + [2] diversão + [3] um ambiente onde os caras não sejam uns chatos pegajosos, eu acho líquido e certo que vai mudar o que a gente chama de blues ;-)
Olha, se eu te falar que tinha isso no Madam's Organ, em Washington DC, vc acredita?
O que eu achei boa idéia do evento: conciliar show de blues com ações de caridade e integrar com ações de conscientização cultural
Show Blues Etílicos
Hoje – 21h (com abertura da banda BR Blues Band)
London Pub – Avenida Floriano Peixoto, 39 – Centro
Ingresso: Um brinquedo novo (exceto armas e carros de guerra)
Mesas esgotadas
Entidades que se beneficiarão com a doação de brinquedos:
• Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/AIDS
• Creches Comunitárias Associadas de Uberlândia - 4 unidades
• Associação Antônio e Marcos Cavanis
• Associação Escolinha Tempo de Vencer
Ações educativas Blues Sesc
Inscrições abertas
26/11, amanhã
14h às 18h
Minicurso de Guitarra: O ritmo do Blues e suas especificidades
Beto Rosa – músico e produtor musical
27/11, sexta-feira
15h às 17h
Palestra: Uma história do Blues: dos lamentos ao Rock’n’Roll
Professor Estefani Martins – professor, produtor cultural e pesquisador na área de historiografia musical e multimeios.
20h às 22h
Palestra: Fundamentos da música negra norte-americana.
Professor Cristhian Lima – professor de sociologia, pesquisador na área de historiografia religiosa e cultura africana.
Local: Sesc - Rua Benjamin Constant, 844 - Aparecida
E o Flávio dando um depoimento que 1/2 que concorda com meu argumento (entrar no mercado está mais difícil) e 1/2 que discorda do meu argumento de que o gaitista deve tentar caminhos inovadores (fãs de blues serão sempre fãs de blues).
(...)Formado em dezembro de 1985 no Rio de Janeiro, quando todos os integrantes tinham uma média de 22 anos, o Blues Etílicos mantém a popularidade no país. “Quando começamos era mais fácil. Tocávamos no rádio, tinha gravadora investindo, muita televisão. Viramos uma marca. Pra quem está começando hoje, é mais difícil”, disse Flávio Guimarães.
Quanto à massificação de bandas de todos os estilos, Flávio acredita que muitos entram na área musical para ganhar dinheiro, diferente de quem entra porque gosta, porque quer se expressar. “Essas bandas entram sabendo que daqui dois anos não vão existir. Quem gosta de blues hoje, vai gostar amanhã, não é passageiro. Os jovens precisam entender que o que é bom não precisa ser novo. Alguns não sabem nem o que é Rolling Stones”, disse o vocalista.(...)
A bem da verdade, eu acho que a grande maioria das bandas de blues no brasil não está aí para ganhar dinheiro, até pq o mercado é bem apertado. Quase todos os bons blueseiros que eu conheci (e não foram poucos) estavam nessa pq absolutamente amam o blues de forma intensa e sincera.
Eu tb acho que as pessoas deveriam procurar saber mais sobre outros estilos, abrir a mente para sons mais antigos e etc. Por outro lado, eu acho que o Blues Etílicos, quando surgiu, surgiu também com uma proposta inovadora, que na época eles mesmos chamavam de "Up Blues", que significava "nosso blues é dançante e vc pode se divertir, não vai ser um show com um monte de gente velha tomando whisky".
ALIÁS, eu acho que uma banda de blues que quiser alcançar o sucesso deveria medir sua audiência pelo número de mulheres no recinto. Mulheres são o filé do público, não fazem confusão, alegram o ambiente e são multiplicadoras de público. São hubs sociais naturais. Se uma banda de blues conseguir aliar num show [1] boa música + [2] diversão + [3] um ambiente onde os caras não sejam uns chatos pegajosos, eu acho líquido e certo que vai mudar o que a gente chama de blues ;-)
Olha, se eu te falar que tinha isso no Madam's Organ, em Washington DC, vc acredita?
terça-feira, 24 de novembro de 2009
A Melhor Cantada do Mundo
tinha que ter uma gaita no meio
um doce prá quem adivinhar o gaitista
pista
Here we are.
Together all alone.
In the still of the night.
Baby all I know.
My whole heart skips a beat
When you're next to me.
In the still of the night.
Well here we are.
Just you and me like this.
With every sweet caress.
Every tender kiss....
ps. detalhe que essa música não existe de verdade. ela dura só esses segundos do comercial e a letra completa é essa aí de cima mesmo. A cantora eu entrego de graça: Sherie Marshall
ps2. uma brincadeira legal seria tentar inventar o resto da música ;-) e meter gaita em cima... ah se eu tivesse tempo...
um doce prá quem adivinhar o gaitista
pista
Here we are.
Together all alone.
In the still of the night.
Baby all I know.
My whole heart skips a beat
When you're next to me.
In the still of the night.
Well here we are.
Just you and me like this.
With every sweet caress.
Every tender kiss....
ps. detalhe que essa música não existe de verdade. ela dura só esses segundos do comercial e a letra completa é essa aí de cima mesmo. A cantora eu entrego de graça: Sherie Marshall
ps2. uma brincadeira legal seria tentar inventar o resto da música ;-) e meter gaita em cima... ah se eu tivesse tempo...
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
aeroblues 5a
sou muito grato a esse pessoal, que deu muita força à Barbearia. E eles são muito bons tb ;-)
AeroBlues
Pioneiro no Blues de Minas Gerais o clássico grupo AEROBLUES está de volta!
Criado em 1989 o grupo é liderado pelo baterista e vocalista Ney “Cocão” Fiúza e apresenta seu Rhythm `n` Blues de alto nível e com muito estilo.
O músico Shello Silveira(ex Loretta Funkenstein e Hot Spot)na Guitarra e a participação do baixista Léo Javalli(Ex Nasty Blues) completa o trio que destila nesse show clássicos do Blues e do Rock.
Nessa quinta dia 26/11 às 22:00 Hs No Garagr D`caza Pub Alameda do ingá 121 Vale do Sereno fone 9122 2354 www.garagedcaza.com
sábado, 21 de novembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
pq eu acho que devia ter um teste cego de gaita
passei muito tempo longe do orkut de gaita
quando voltei, dei uma olhada em pelo menos 2 enquetes onde o pessoal pergunta qual gaita vc gosta mais, ou qual gaita vc acha melhor ou qual gaita vc acha que desafina menos e etc
bends ou hering?
para minha surpresa, as duas pesquisas tavam quase empatadas
surpresa pq o discurso da bends sempre foi "a gente cobra um cadinho a mais pq nossa gaita é melhor". enquanto a gente sempre ouvia aquele papo de que a free blues era isso e aquilo.
de três uma
[1] ou a hering andou melhorando
[2] ou a bends não é tão melhor assim
[3] ou a pesquisa não refletiu realmente o que o pessoal achava da gaita, mas quem ele queria que ganhasse a enquete
eu fui na fábrica da bends, conheço muita gente envolvida no processo e realmente acho que eles tem como oferecer gaitas competitivas com a hering, em alguns casos, sensivelmente melhores
por outro lado, eu tb já fui na fábrica da hering e sei que o pessoal tem investido muito lá, o surgimento da bends parece ter catalisado melhorias nas gaitas da hering e quem ganha obviamente é o gaitista
a terceira opção é possível, mas difícil imaginar que hering e bends tenham o mesmo poder de mobilização no orkut. Só de estar pau a pau com a hering, para uma empresa jovem como a bends (embora eles invistam pesado em divulgação), eu acho um grande feito
mas tem uma quarta coisa que é... será que as pessoas sabem qual gaita soa melhor mesmo? pq uma coisa é vc pregar uma gaita num aspirador invertido e deixar lá alguns dias prá ver se sua afinação se mantém ou não, e outra coisa é vc colocar essas gaitas na boca do gaitista e mandar ele tocar.
eu sei que gaita boa faz diferença. eu vi isso ao vivo e a cores no dia em que a mari trouxe uma mala de special 20 pro osmar no meio de um show do hot spot. O osmar toca muito, mas até a Mari chegar com as gaitas, a gente tava usando as gaitas que tavam no carro, aquelas que ficam no porta luvas no dia quente, o som do Osmar não tava tão bom. Quando ele usou as special 20, a mudança de som foi sensível.
para isolar os efeitos de [3] e para conferir se as pessoas percebem mesmo a diferença entre as gaitas (inclusive os gaitistas), que eu queria um dia fazer o tal teste cego. Cego inclusive prá quem toca.
gravando o som de vários gaitistas em diferentes estágios de habilidade, tocando a mesma música no mesmo set de equipamentos, olhos vendados, uma audiência dando nota na melhor de 3.
o que será que a gente iria descobrir sobre palhetas, corpo, formato de armadura, tom de gaita e etc? Podia até deixar o pessoal dar nota na web prá cada mp3 e ver o resultado. Será que as pessoas conseguem distinguir mesmo qual é qual?
meu palpite é que é mais difícil do que parece ;-)
quando voltei, dei uma olhada em pelo menos 2 enquetes onde o pessoal pergunta qual gaita vc gosta mais, ou qual gaita vc acha melhor ou qual gaita vc acha que desafina menos e etc
bends ou hering?
para minha surpresa, as duas pesquisas tavam quase empatadas
surpresa pq o discurso da bends sempre foi "a gente cobra um cadinho a mais pq nossa gaita é melhor". enquanto a gente sempre ouvia aquele papo de que a free blues era isso e aquilo.
de três uma
[1] ou a hering andou melhorando
[2] ou a bends não é tão melhor assim
[3] ou a pesquisa não refletiu realmente o que o pessoal achava da gaita, mas quem ele queria que ganhasse a enquete
eu fui na fábrica da bends, conheço muita gente envolvida no processo e realmente acho que eles tem como oferecer gaitas competitivas com a hering, em alguns casos, sensivelmente melhores
por outro lado, eu tb já fui na fábrica da hering e sei que o pessoal tem investido muito lá, o surgimento da bends parece ter catalisado melhorias nas gaitas da hering e quem ganha obviamente é o gaitista
a terceira opção é possível, mas difícil imaginar que hering e bends tenham o mesmo poder de mobilização no orkut. Só de estar pau a pau com a hering, para uma empresa jovem como a bends (embora eles invistam pesado em divulgação), eu acho um grande feito
mas tem uma quarta coisa que é... será que as pessoas sabem qual gaita soa melhor mesmo? pq uma coisa é vc pregar uma gaita num aspirador invertido e deixar lá alguns dias prá ver se sua afinação se mantém ou não, e outra coisa é vc colocar essas gaitas na boca do gaitista e mandar ele tocar.
eu sei que gaita boa faz diferença. eu vi isso ao vivo e a cores no dia em que a mari trouxe uma mala de special 20 pro osmar no meio de um show do hot spot. O osmar toca muito, mas até a Mari chegar com as gaitas, a gente tava usando as gaitas que tavam no carro, aquelas que ficam no porta luvas no dia quente, o som do Osmar não tava tão bom. Quando ele usou as special 20, a mudança de som foi sensível.
para isolar os efeitos de [3] e para conferir se as pessoas percebem mesmo a diferença entre as gaitas (inclusive os gaitistas), que eu queria um dia fazer o tal teste cego. Cego inclusive prá quem toca.
gravando o som de vários gaitistas em diferentes estágios de habilidade, tocando a mesma música no mesmo set de equipamentos, olhos vendados, uma audiência dando nota na melhor de 3.
o que será que a gente iria descobrir sobre palhetas, corpo, formato de armadura, tom de gaita e etc? Podia até deixar o pessoal dar nota na web prá cada mp3 e ver o resultado. Será que as pessoas conseguem distinguir mesmo qual é qual?
meu palpite é que é mais difícil do que parece ;-)
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Hora de repensar
Quando eu comecei a ouvir blues, em meados 1990, gaita blues no Brasil era o Flávio Guimarães e ponto.
A gente tinha pouco acesso ao material lá fora, a gente se juntava como dava prá trocar informação, formava grupos bacanas de gaitistas, a gente fazia vaquinha prá encomendar aquela cópia de disco que ninguém tinha.
2009, 20 anos depois, isso acabou. O Brasil tem uma legião de gaitistas, ninguém mais consegue viver de CD, as pessoas conseguem tudo o que elas quiserem na web, a maior parte de graça, as pessoas não precisam mais se juntar para trocar informações. Elas podem fazer isso sozinhas. Vc pode ter aulas por skype. Vc pode trocar mensagens de email direto com seus gaitistas favoritos.
Nós temos acesso a tudo agora.
Então eu acho que tem 3 caminhos prá gaita blues.
[1] Vc pode pegar uma diatônica e fazer tudo o que todos fazem
[2] Vc pode pegar uma cromática e fazer tudo o que todos fazem
[3] Vc pode pegar uma diatônica ou uma cromática e fazer algo totalmente novo
Se vc optar por [1] ou [2], vc vai ter que ser melhor que todos os que estão aí e que todos os clássicos que já existiram. OK, vc pode ser bom, mas vai ter que ser MUITO bom prá se destacar da multidão, pq tem muito gaitista bom por aí. E os internacionais vão começar a baixar aqui tb.
A gente já viu que os bons músicos de blues acabam indo pros EUA gravar com os blueseiros de lá prá alçar vôos mais altos. Nuno Mindelis se deu muito bem com isso. Igor Prado também. Mas quantos guitarristas de blues vão conseguir alçar esses vôos? Gaitista de blues é a mesma história.
A gente tb já viu bons gaitistas tocando por aí. Alguns timidamente saem do Brasil e tentam se destacar, mas o fato é, pro gringo, É SÓ MAIS UM GAITISTA DE BLUES. Claro que vai ouvir elogios, pq são bons, mas o repertório é o mesmo. A roupa é a mesma. O discurso no encarte do CD é o mesmo.
Enquanto isso, eu tenho a nítida impressão que o público do blues fica cada dia mais restrito. OK, sempre vai ter platéia pro blues, mas também sempre vai ser o mesmo tamanho de platéia: pequena.
Não tou falando que o blues vai acabar. Tou falando que é a mesma quantidade de gente gostando de blues e um monte de gaitistas aumentando nesse mesmo público. O resultado, eu acredito que os gaitistas de blues tradicional já estão sentindo na pele.
E olha, vai piorar. Cada dia que passa são mais e mais gaitistas ótimos surgindo, vindo de outros países, querendo tocar para esse mesmo público que não cresce (aliás, justamente pq não cresce, eles vêm aqui). E quando o público perceber que tem um monte de gaitista no myspace tocando horrores, a percepção de quem toca horrores vai ficar ainda mais difusa. À medida em que o público conhece bons gaitistas, o nível de exigência sobe. Eu não quero mais aquele gaitista X tocando aqui. Eu quero o Jason Ricci. O Del Junco.
Desculpa o tom pessimista, mas são 20 anos vendo isso.
Eu sei que existe um público de blues garantido e fiel que é purista. Não acho inclusive sejam maioria, mas acho que muito gaitista dá trela demais para eles. Para eles, o gaitista que sair um fio de cabelo do padrão vai ter que ouvir críticas. Eu sugiro que os gaitistas não dêem ouvidos para eles.
O que eu sugiro é que os gaitistas comecem a repensar e rápido o que eles querem. E se é ir pro blues mesmo e se é ficar só nele. Pq eu vejo o Ferrari mexendo com pedais e consigo ver o futuro no que ele faz, mas ao mesmo tempo penso que alguns gaitistas que eu idolatrava 20 anos atrás podem estar insistindo num caminho que pode não lhes trazer frutos. Frutos que eles merecem que sejam bons.
O Carlini trouxe o Funk. O Engels trouxe o Rock. O Ferrari trouxe o trance. Jefferson trouxe o Forró.
Son of Dave está lá, fazendo o som dele. Pode não ser o mais virtuoso, mas tem uma linha original e que rola de ouvir. Hazmat Modine também está fazendo seu som mezzo tom waits, mezzo karnak. Outra linha original que rola de ouvir.
Os gaitistas não concorrem com outros gaitistas. Eles concorrem com todo mundo que faz música boa de ouvir, seja que instrumento for.
Ampliem seus horizontes. O gaitista do futuro pode até ser um bom blueseiro, mas eu acho que talvez ele devesse cogitar outras praias. Não depender do público blueseiro. Buscar outros públicos. Públicos que talvez nem dêem tanta importância pro fato de vc estar tocando gaita ou acordeon ou berimbau.
Just in case ;-)
A gente tinha pouco acesso ao material lá fora, a gente se juntava como dava prá trocar informação, formava grupos bacanas de gaitistas, a gente fazia vaquinha prá encomendar aquela cópia de disco que ninguém tinha.
2009, 20 anos depois, isso acabou. O Brasil tem uma legião de gaitistas, ninguém mais consegue viver de CD, as pessoas conseguem tudo o que elas quiserem na web, a maior parte de graça, as pessoas não precisam mais se juntar para trocar informações. Elas podem fazer isso sozinhas. Vc pode ter aulas por skype. Vc pode trocar mensagens de email direto com seus gaitistas favoritos.
Nós temos acesso a tudo agora.
Então eu acho que tem 3 caminhos prá gaita blues.
[1] Vc pode pegar uma diatônica e fazer tudo o que todos fazem
[2] Vc pode pegar uma cromática e fazer tudo o que todos fazem
[3] Vc pode pegar uma diatônica ou uma cromática e fazer algo totalmente novo
Se vc optar por [1] ou [2], vc vai ter que ser melhor que todos os que estão aí e que todos os clássicos que já existiram. OK, vc pode ser bom, mas vai ter que ser MUITO bom prá se destacar da multidão, pq tem muito gaitista bom por aí. E os internacionais vão começar a baixar aqui tb.
A gente já viu que os bons músicos de blues acabam indo pros EUA gravar com os blueseiros de lá prá alçar vôos mais altos. Nuno Mindelis se deu muito bem com isso. Igor Prado também. Mas quantos guitarristas de blues vão conseguir alçar esses vôos? Gaitista de blues é a mesma história.
A gente tb já viu bons gaitistas tocando por aí. Alguns timidamente saem do Brasil e tentam se destacar, mas o fato é, pro gringo, É SÓ MAIS UM GAITISTA DE BLUES. Claro que vai ouvir elogios, pq são bons, mas o repertório é o mesmo. A roupa é a mesma. O discurso no encarte do CD é o mesmo.
Enquanto isso, eu tenho a nítida impressão que o público do blues fica cada dia mais restrito. OK, sempre vai ter platéia pro blues, mas também sempre vai ser o mesmo tamanho de platéia: pequena.
Não tou falando que o blues vai acabar. Tou falando que é a mesma quantidade de gente gostando de blues e um monte de gaitistas aumentando nesse mesmo público. O resultado, eu acredito que os gaitistas de blues tradicional já estão sentindo na pele.
E olha, vai piorar. Cada dia que passa são mais e mais gaitistas ótimos surgindo, vindo de outros países, querendo tocar para esse mesmo público que não cresce (aliás, justamente pq não cresce, eles vêm aqui). E quando o público perceber que tem um monte de gaitista no myspace tocando horrores, a percepção de quem toca horrores vai ficar ainda mais difusa. À medida em que o público conhece bons gaitistas, o nível de exigência sobe. Eu não quero mais aquele gaitista X tocando aqui. Eu quero o Jason Ricci. O Del Junco.
Desculpa o tom pessimista, mas são 20 anos vendo isso.
Eu sei que existe um público de blues garantido e fiel que é purista. Não acho inclusive sejam maioria, mas acho que muito gaitista dá trela demais para eles. Para eles, o gaitista que sair um fio de cabelo do padrão vai ter que ouvir críticas. Eu sugiro que os gaitistas não dêem ouvidos para eles.
O que eu sugiro é que os gaitistas comecem a repensar e rápido o que eles querem. E se é ir pro blues mesmo e se é ficar só nele. Pq eu vejo o Ferrari mexendo com pedais e consigo ver o futuro no que ele faz, mas ao mesmo tempo penso que alguns gaitistas que eu idolatrava 20 anos atrás podem estar insistindo num caminho que pode não lhes trazer frutos. Frutos que eles merecem que sejam bons.
O Carlini trouxe o Funk. O Engels trouxe o Rock. O Ferrari trouxe o trance. Jefferson trouxe o Forró.
Son of Dave está lá, fazendo o som dele. Pode não ser o mais virtuoso, mas tem uma linha original e que rola de ouvir. Hazmat Modine também está fazendo seu som mezzo tom waits, mezzo karnak. Outra linha original que rola de ouvir.
Os gaitistas não concorrem com outros gaitistas. Eles concorrem com todo mundo que faz música boa de ouvir, seja que instrumento for.
Ampliem seus horizontes. O gaitista do futuro pode até ser um bom blueseiro, mas eu acho que talvez ele devesse cogitar outras praias. Não depender do público blueseiro. Buscar outros públicos. Públicos que talvez nem dêem tanta importância pro fato de vc estar tocando gaita ou acordeon ou berimbau.
Just in case ;-)
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
enfim uma celebridade que vale a pena
"mockumentary" do Jason Ricci, um dos melhores gaitistas da atualidade. Detalhe: o cara é doidaço ;-)
mas eu achei divertido. O perfil do gaitista geração Y...
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
bene em curitiba
O duo Benê Jr. e Marcelo Ricciardi é o destaque da agenda de novembro do Largo Curitiba. Os músicos têm formações diferentes, porém identificados com a riqueza instrumental brasileira. Benê Jr. (harmônica) e Marcelo Ricciardi (violão) são componentes da Troupe da Gaita, um grupo de música instrumental consagrado em Curitiba. Foi neste meio que construíram seus estilos e maneirismos próprios. Outro fator interessante é que os músicos Benê Jr. e Marcelo Ricciardi têm uma formação musical bastante enraizada no blues e no rock. São fundadores da banda Mister Jack. Esse tempero do blues pode ser claramente percebido quando eles começam tocar. O resultado é um conjunto de canções muito bem arranjadas - principalmente sambas e choros do período entre os anos 40 e 60. Tudo isso, acrescentado a um repertório diversificado, que inclui estilos musicais como o tango, bolero, jazz e blues demonstrando na prática o ecletismo presente na formação musical deles. As apresentações dos músicos acontecem do Largo Curitiba, nos sábados, a partir das 19h.
Serviço:
Menu Musical
www.shoppingcuritiba.com.br/largocuritiba
Sábado: 14, 21, 28 de Novembro - Destaque Musical: Benê Jr e Marcelo Ricciardi
Horário: a partir das 19h
Shopping Curitiba – Largo Curitiba - Piso L2
Informações: (41) 3026-1000
fonte: http://www.paranashop.com.br/colunas/colunas_n.php?id=22864&op=lazer
gaita heavy metal
cara, olha isso
o que esse cara faz na guitarra, o gaitista Engels Espiritus promete fazer no próximo show dele, lá em Brasília
12/11/2009
No próximo dia 19, quinta-feira, Engels Espíritus fará show interpretanto as músicas do fabuloso CD Book of Shadows, do cantor e guitarrista Zakk Wylde.
Conhecido por emular na gaita diversos instrumentos, neste show Engels tocará os solos de guitarra das músicas do CD, além de outra canções.
Queria deixar duas opiniões aqui.
A primeira é que eu não gosto muito desse tipo de som de guitarra sendo debulhada e tal. Não é que é ruim, é que eu não gosto mesmo.
A segunda que eu acho que, do ponto de vista de gaita, a iniciativa do Engels é um tanto revolucionária. Ele mesmo já é um gaitista bem fora do padrão (que costuma ser o blues) e eu acho isso legal prá caramba. E um monte de gente que curte gaita e/ou solos debulhantes de heavy metal provavelmente irão adorar esse show, pq eu sei que o Engels é muito bom nessa praia.
Eu adoro o bom e velho blues, mas fico feliz quando vejo as pessoas experimentando outros caminhos e outras possibilidades. É o que faz a coisa crescer, eu acho.
o que esse cara faz na guitarra, o gaitista Engels Espiritus promete fazer no próximo show dele, lá em Brasília
12/11/2009
No próximo dia 19, quinta-feira, Engels Espíritus fará show interpretanto as músicas do fabuloso CD Book of Shadows, do cantor e guitarrista Zakk Wylde.
Conhecido por emular na gaita diversos instrumentos, neste show Engels tocará os solos de guitarra das músicas do CD, além de outra canções.
Queria deixar duas opiniões aqui.
A primeira é que eu não gosto muito desse tipo de som de guitarra sendo debulhada e tal. Não é que é ruim, é que eu não gosto mesmo.
A segunda que eu acho que, do ponto de vista de gaita, a iniciativa do Engels é um tanto revolucionária. Ele mesmo já é um gaitista bem fora do padrão (que costuma ser o blues) e eu acho isso legal prá caramba. E um monte de gente que curte gaita e/ou solos debulhantes de heavy metal provavelmente irão adorar esse show, pq eu sei que o Engels é muito bom nessa praia.
Eu adoro o bom e velho blues, mas fico feliz quando vejo as pessoas experimentando outros caminhos e outras possibilidades. É o que faz a coisa crescer, eu acho.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Bendito Blues no pau e pedra
Olá!
Bendito Blues irá se apresentar no Pau & Pedra, tradicional casa de shows de Belo Horizonte.
Esse show marca o debut do Anderson Guerra, também conhecido como Baiano, ex guitarrista do Falcatrua, e que também já participou de várias bandas de blues em Belo Horizonte na década de 90.
O Baiano é quem vai assumir as guitarras na ausência do Fernando, que inclusive esteve em Belo Horizonte no início da semana e gravou as faixas do disco do Bendito Blues que está sendo produzido.
Esse show será bem bacana. Espero encontrar vários de vocês por lá.
O Pau & Pedra fica na Av. Getúlio Vargas, 489 - Funcionários.
O show começa pontualmente às 23 horas, então um horário bom para chegar lá é por volta das 22:15 - 22:30. O couvert é de R$ 8,00.
Telefone para contato e reservas: 3284-2397
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
quinta blues jam (de novo...)
Oi Kenji,
como vai? espero que tudo esteja bem! Tenho acompanhado o seu blog e vi a divulgação que vc fez. Como vc sabe, o Ferrari está fazendo, todas às quintas do mês de novembro, uma noite de Blues acústico com guitarristas convidados, lá no Conservatório, abrindo espaço para canjas de gaitistas, alunos, etc. Estive lá na ultima quinta e, inclusive, dei uma palhinha (...) e o curioso é que não vi nenhum gaitista lá, só guitarristas que deram canjas. Talvez o pessoal tenha esquecido. Se puder divulga de novo no seu espaço e convoca os gaitistas para promovermos uma interação maior e promover mais o blues e, principalmente, a gaita em BH.
valeu e um forte abraço
Leonardo Siqueira
o recado é esse aí, galera. A gente sabe que BH é cheio de gaitistas bons e que o Ferrari é a grande referência no ensino de Gaita Blues na cidade, então não tem motivo prá não aparecer ninguém lá defender a nossa classe, hein? ;-)
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Morre Norton Buffalo
Morre Norton Buffalo: "
Prolífico e versatil, Buffalo era aclamado como um dos melhores gaitistas dos Estados Unidos em diversos gêneros musicais, entre eles blues, rock, R&B, new age, country e jazz.
Tocou em cerca de 180 álbuns e inúmeras produções direcionadas à televisão e cinema, o mais famoso foi The Rose, ao lado de Bette Midler. Também tocou e gravou com Bonnie Raitt, Johnny Cash, Olivia Newton-John, The Doobie Brothers, Kenny Loggins, the Marshall Tucker Band, David Grisman, Elvin Bishop and Commander Cody and the Lost Planet Airmen.
Suas maiores associações foram com a Steve Miller Band e com o guitarrista Roy Rogers, com quem formou parceria por mais de vinte anos, rendendo três álbuns pelo selo Blind Pig. A química entre ambos era perfeita.
Uma dessas gravações, Ain’t No Bread In The Breadbox aparecia freqüentemente nas apresentações ao vivo da Jerry Garcia Band, e Song For Jessica foi indicada ao Grammy no gênero country.
Buffalo gravou dois álbuns solos pela Capitol Records nos anos 70, um deles, Lovin In The Valley Of The Moon, tornou-se item de colecionador. Em 2000 gravou King Of The Highway, pela Blind Pig. Recentemente trabalhou no álbum infantil de Kenny Loggins e no álbum do guitarrista havaiano George Kahumoku Jr."
Apenas um mês após ser diagnosticado de um câncer, o gaitista Norton Buffalo morreu na sexta-feira, 30 de outubro, em um hospital perto de sua casa em Paradise, na Califórnia. O músico tinha 58 anos.
Prolífico e versatil, Buffalo era aclamado como um dos melhores gaitistas dos Estados Unidos em diversos gêneros musicais, entre eles blues, rock, R&B, new age, country e jazz.
Tocou em cerca de 180 álbuns e inúmeras produções direcionadas à televisão e cinema, o mais famoso foi The Rose, ao lado de Bette Midler. Também tocou e gravou com Bonnie Raitt, Johnny Cash, Olivia Newton-John, The Doobie Brothers, Kenny Loggins, the Marshall Tucker Band, David Grisman, Elvin Bishop and Commander Cody and the Lost Planet Airmen.
Suas maiores associações foram com a Steve Miller Band e com o guitarrista Roy Rogers, com quem formou parceria por mais de vinte anos, rendendo três álbuns pelo selo Blind Pig. A química entre ambos era perfeita.
Uma dessas gravações, Ain’t No Bread In The Breadbox aparecia freqüentemente nas apresentações ao vivo da Jerry Garcia Band, e Song For Jessica foi indicada ao Grammy no gênero country.
Buffalo gravou dois álbuns solos pela Capitol Records nos anos 70, um deles, Lovin In The Valley Of The Moon, tornou-se item de colecionador. Em 2000 gravou King Of The Highway, pela Blind Pig. Recentemente trabalhou no álbum infantil de Kenny Loggins e no álbum do guitarrista havaiano George Kahumoku Jr."
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
gaita pendrive
Pen drive funciona como gaita
Criado originalmente para ensinar aulas de gaita a quem quisesse aprender, o aparelho já fez muitos fãs pela web
Da RedaçãoAntes um aparelho destinado somente ao armazenamento de dados, os pen drives estão cada vez mais modernos. Não é raro que tenham, inclusive, dupla função. Você já viu por aqui os pen drives com aromaterapia, por exemplo.
Agora, uma empresa americana criou um pen drive de 4GB que também funciona como gaita. É isso mesmo. Enquanto você não estiver com seu pen drive plugado na entrada USB do seu computador, vai poder tirar um som de seus acordes.
Criado originalmente para ensinar aulas de gaita a quem quisesse aprender, o aparelho já fez muitos fãs pela web. Está a venda no site por cerca de US$55.
fonte: http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI102647-17180,00.html
domingo, 1 de novembro de 2009
gaita na rua
quem mora no RJ/SP pode conferir essa nova iniciativa gaitística
http://gaitanarua.blogspot.com/2009/10/gaita-na-rua.html
achei a idéia boa, hein?
http://gaitanarua.blogspot.com/2009/10/gaita-na-rua.html
(...)Neste blog você vai acompanhar os detalhes deste projeto, a interação com o público, as histórias e meu relato pessoal desta experiência. As apresentações seguem um espírito de intervenção cultural, interrompendo o cotidiano das pessoas trazendo beleza e cultura para quem passa.(...)
achei a idéia boa, hein?
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