domingo, 10 de dezembro de 2006

Lançamento de CD do Omar Izar

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From: semmler <>
Date: 10-Dec-2006 18:09
Subject: [gaita-l] CD - OMAR IZAR
To: gaita-l

Pessoal, estive no lançamento do CD do meu grande amigo OMAR IZAR.
Imperdível para os apreciadores da excelente música brasileira e da gaita de qualidade:

Gravado no Estúdio Bebob, São Paulo em junho de 2006.
OMAR IZAR - MÚSICA BRASILEIRA
  • Wave
  • Lígia
  • Samba do Avião
  • Aos Nossos Filhos
  • Garota de Ipanema
  • Modinha
  • Na Cor Do Pecado
  • Lamentos
  • Lembra De Mim
  • Naquele Tempo
  • Espera
  • Vitoriosa
  • Romântica
  • Eu Sei Que Vou Te Amar
  • Tema De Amor De Gabriela
  • Falando De Amor

OMAR IZAR - 50 ANOS DE CARREIRA
"Omar Izar, o mais antigo dos gaitistas brasileiros em atividade foi o primeiro, após Edu da Gaita, a fazer carreira profissional no Brasil com este instrumento. Os primeiros anos foram difíceis, pelo fato de ser a gaita pouco difundida em nosso País e confundida com brinquedo. Embora já houvesse aqui ótimos gaitistas, deve-se primeiro a Edu da Gaita, depois a Omar Izar a quebra do preconceito e o consequente reconhecimento deste tão apreciado instrumento musical.

Exerceram as primeiras influências sobre Omar Izar, os gaitistas: Larry Adler e Borrah Minevitch. Já em nosso País, os músicos que tiveram esse papel foram: Chiquinho do Acordeon, Radamés Gnatalli e Sivuca.

Nas palavras de Omar Izar: - Temos, nos vários pontos do País, notáveis gaitistas, cada qual com seu estilo e marca registrada. Eu citaria alguns cujo trabalho enobrece o instrumento: Maurício Einhorn, Rildo Hora, Emílio Damasceno, Clayber de Souza, Jeovah Tavares, Flávio Guimarães, o jovem Vítor Lopes e outros.

Nascido em 06 de dezembro de 1933, na cidade paulista de Avaí, ainda cedo Omar Izaq mudou-se para Bauru, onde, aos 12 anos, conheceu um garoto que possuia algumas gaitas diatônicas. Ao ouvir o amigo tocar, Omar apaixonou-se pelo instrumento e o rapaz lhe emprestou uma de suas gaitas. Sedento por tocar alguma coisa, ele não largava a gaita e, após alguns meses já executava várias músicas que o limitado instrumento permitia.

Em 1946, mudou-se com a família para São Paulo, mas sem o instrumento. Na cidade grande, esqueceu-se da gaita por um bom tempo. porém seu destino estava traçado!

Em 1948, ganhou uma gaita, ainda diatônica e, em 1949, participou de um concurso para gaitistas na Rádio Record de São Paulo, saindo vencedor ( o segundo colocado fora o nosso querido Ulysses Cazallas). P prêmio e o entusiasmo lhe proporcionaram a aquisição de uma gaita cromática profissional cujo domínio exigia mais estudo. Como na época, não havia escola ou peofessor para o instrumento, teve que aprender e descobrir os segredos sozinho. Após muito praticar e já tocando peças de difícil execução, conheceu o jovem pianista Pedrinho Mattar com quem participou de programas de calouros, saindo sempre vencedor.

Na década de 50, Omar assistiu ao filme "Sempre No Meu Coração" com a participação do conjunto de gaitas do genial Borrah Minevitch, voltando 6 vezes ao cinema para tornar a ver e ouvir, emocionado, o notável conjunto. Omar percebeu que a partir de então jamais se separaria do instrumento.

Foi o início da carreira de um autodidata.

Em 1952, Omar foi convidado a participar do programa "Novos Valores", na Rádio Cultura de São Paulo. Ainda naquela época, dez apresentações na recém-inaugurada TV Paulista - Canal 5, entrando assim, para o quadro dos Pioneiros da Televisão Brasileira. Foi integrante do conjunto "Demônios da Gaita" e, mais tarde formou seu próprio conjunto - Omar Izar e seus Harmonicistas. Mas sua grande chance foi em 1956, quando conheceu o Maestro e pianista Gaó Gurgel que, ao ouvir Omar, reconheceu seu potencial, lançando-o à frente da Grande Orquestra da Rádio Nacional e TV Paulista, com a apresentação da difícil peça de Rimsky Horsakov "O vôo da Abelha" - primeira execução em gaita na América do Sul. Sua gravação do "tema de Roy Rodgers" tornou-se prefixo do seriado de TV do mesmo nome.

Acompanhado pelas Orquestras dos Maestros: Enrico Simonetti, Silvio Mazzuca, Luiz Arryda Paes, Guerra Peixe, Radamés Gnatalli, entre outros, atuou nos mais importantes programas de televisão de São Paulo e Rio de Janeiro. Percorreu quase todo o País se apresentando em clubes, boates, teatros e em programas exclusivos e/ou dividindo o palco com grandes nomes da nossa música: Orlando Silva, Dorival Caymmi, Silvio Caldas, Lucio Alves, Elisete Cardoso, Silvinha Teles, Maisa e outros.

Como dia Omar: - Tive o prazer e a honra de tocar com os pianistas Luiz Eça, Oscar Castro Neves, Laércio de Freitas, Edmundo Villani Côrtes, Manfredo Fest e com o notável Zimbo Trio. No Teatro, Omar se apresentou com José Vasconcelos no espetáculo "A gaita que ri", em longa temporada. No cinema, participou da trilha sonora de alguns filmes, entre eles "Gimba", em dupla com o violinista Baden Powel, lançando o tema "O morro", de Carlos Lyra. Na televisão, teve programas semanais exclusivos em São Paulo, nas emissoras TV Cultura, TV Record e TV Tupi. Em Porto Alegre, na rede Wallig de Televisão, Canais 5 e 12. Em Recife, Canal 2.

A gravação de um compacto, acompanhado pelo quarteto Walter Warderley proporcionou a Omar várias apresentações ao vivo.

Atualmente, Omar Izar continua na ativa. Se apresenta em shows em casa de espetáculos e tem seu clube particular onde toca para seus fãs e amigos, e o mais importante, continua emocionando, como neste CD, a começar pela escolha dos temas que "decolam" com "Samba do Avião", e terminam com duas músicas do próprio Omar Izar.

Ao longo de sua carreira gravou vários discos para selos Polydor, Odeon e RGE no Brasil, e London e EPIC nos Estados Unidos, com lançamento simultâneo em diversos países.

No exterior atuou na França, Portugal, Ilhas do Caribe entre outros países, tendo se radicado por quase três anos em Nova Iorque onde, além de apresentações em teatros e boates, editou suas composições na Southern Music de Nova iorque, destacando: Um brasileiro em Nova Iorque, Welcome to Brazil Lonely Street, Gone e Tio Samba. Em Washington, gravou entrevista na US TV cujo vídeo foi exibido em vários países. Ainda em Washington de entrivista para Felix Grant na WM Al Radio."

Abraços
Renato Semmler

" A MIND BLOWN IS A MIND SHOWN ! "

3 comentários:

  1. Infelizmente, nesse país sem memoria, um músico do quilate de Omar é esquecido por quem teve o privilégio de ouví-lo e totalmente desconhecido pela "massa burra".
    Parabéns pelo artigo.

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