Recebi faz alguns dias meu exemplar da Harmonica Happenings, a publicação oficial do SPAH.
Faz alguns anos que eu assino, sendo membro do SPAH.
Esta edição me chamou a atenção pelos anúncios. Eles sempre me servem de termômetro do mercado.
Por exemplo, a Seydel e a Suzuki estão investindo pesado, a Lee Oskar desapareceu da lista de anunciantes. Em especial, a Suzuki parece estar se definindo como a marca inovadora, a Seydel faz o que pode, tentando reverter anos de fama de gaita ruim.
Achei particularmente muito boa a idéia da Suzuki em apostar na cromática "Gregoire Maret", que eu acho que encarna bem essa idéia de uma abordagem moderna para um instrumento antigo. Ao mesmo tempo, os caras anunciam a diatônica Manji M-20 com uma bela foto do Billy Branch de terno vermelho e chapéu, com um visu ligeiramente "modernizado". OK. Pode lembrar também o Screaming Jay Hawkins no papel de gerente de hotel vagabundo no filme "Trem Mistério".
E Billy Branch pode não ser o maior gaitista de blues (mas certamente está bem próximo), mas foi ele quem apareceu no anúncio da cerveja Berghoff. Na cabeça do fã de blues americano, pode ser que ele seja um dos mais interessantes comercialmente, apesar daquele papo (*) de que o Rod Piazza e o Kim Wilson eram alguns dos gaitistas que mais ganhavam no mercado de gaita americano.
A Hohner continua com uma presença pesada (inclusive com uma ótima coluna escrita pela Anneliese "Sissi" Jones, que dá dicas de manutenção e afinação "direto da fábrica"), o que por sinal eu considero uma das ações promocionais mais inteligentes que uma fábrica de gaitas poderia fazer. Simples, útil.
E a terceira capa tem um anúncio gigante da Howard Levy Harmonica School, a principal notícia do fim do ano passado no mundo da gaita.
Não se encontra na revista nada de Hering ou Bends na revista, sabe-se lá porque.
(*) "aquele papo" significa que alguém me falou algo sobre isso anos atrás, em algum momento em que eu estava completamente alcoolizado em algum show de blues, ou então eu sonhei isto e estou misturando sonho com realidade. Chama "alucinação", e é prenúncio de "muerte blanca".
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