quinta-feira, 18 de agosto de 2005

on the stage - tocando no letras e expressões

o letras e expressões fechou. toquei lá em torno de um ano, toda semana, algumas vezes duas vezes por semana, na época do natal, até três vezes por semana. Mais ou menos o mesmo repertório com o Max, de indie rock.

devem ter sido uns 80 shows seguramente. não me lembro de nenhum show em que a Lud não tenha ido.

quando o Max me chamou, o Deja Blue estava minguando. E eu não fiquei parado. Talvez essa minha crise seja de não estar tocando toda semana. Bem, já estou investindo numa nova banda, volto à minha terapia de gaita.

foi uma oportunidade excelente para aprender várias das coisas mais importantes do palco. Postura. Repertório. Pedaleira. Microfones. Efeitos. Ser ouvido. Não ser ouvido. Passar vergonha. [o jimmy é um doce de pessoa, mas eu ainda tenho vergonha de tocar na frente de um cara que estudou jazz com dois dos marsalis numa universidade nos estados unidos]

tocar no café é um exercício de humildade para o gaitista solista, pq as músicas são comedidas, o repertório era melancólico, não há grandes espaços para solos ou para muito feeling. O público normalmente não foi lá para te ver. Seus amigos não vão ter paciência de ir te ver tocar a mesma coisa toda semana. Alguns shows não aconteceram pq ninguém estava lá para assistir. Outros estavam tão cheios que mal se ouvia tocar.

mas pude tocar o que gaitista nenhum toca. morphine, placebo, tom waits. foi uma oportunidade ótima. acho que de todas as músicas, tinham umas 5 que eu realmente me orgulhava delas, mas acho que nunca usei tantas gaitas e em afinações tão diferentes. Lee Oskars MM serviram para Manu Chao, Morphine e The Cure. Lee Oskars Natural Menor servia para Tom Waits. Cromática para Placebo. Muito efeito para tocar Morcheeba. Isso para mim já foi excelente.

o mais lastimável foi ter desencontrado da rodica, mas talvez não tivesse acontecido nada, afinal, jazz não é o forte do repertório do max. Mas eu queria pelo menos que ela tivesse me visto tocar.

comia e bebia como um rei. era amigo dos funcionários, todos ótimas pessoas. vou sentir saudades. guardei a caricatura e a folha semidestruída do repertório e os tons das músicas, que vou mandar emoldurar qualquer dia desses.

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