segunda-feira, 29 de agosto de 2005

gaita ingrata

eis a gaita em A, perfeita prá tocar na relativa menor, F#m (display gerado em http://members.tripod.com/~diatonic/HarpLayoutGenerator.html)

OBC3bF6bA1C3bD#5bG7b
7
8
9
10
Hole
Draw:B2E5G#7B2D4F#6G#7B2D4F#6Draw
' A#2bD#5bG7bA#2b F6b
'' D4F#6 G7b''
''' F6b C3bD#5bG#7'
BlowA1C#3E5A1C#3E5A1C#3E5A1Blow
Hole
1
2
3
4
5
6
A#2bD4F6bA#2bOD
(A B C# D E F# G# A )


drama: o Kenji quer tocar manhã de carnaval do Bonfá, que originalmente foi composta em Am, relativa de C, e que portanto sai trivialmente na cromática. Eis que na gaita em A o Kenji já faz tudo direitinho, bend e tudo, para tocar a maldita em F#m, que foi como a moça do violão tirou (provavelmente prá cair dentro do alcance vocal dela ou para ficar mais bonito mesmo)

o Kenji quer um G no 6 ou no 7. O jeito "natural" de pegar isso é overblow no 6, que soa feio e depende de regulagem de palhetas para sair.

na letra, tocando em F#m, o G é esse cara aqui, em []

Manhã, tão bonita manhã
Na vida, uma nova canção
Cantando só teus olhos
Teu riso, tuas mãos
Pois há de haver um dia
Em que virás
Das cordas do meu violão
[Que só] teu amor procurou
Vem uma voz
Falar dos beijos perdidos
Nos lábios teus

Canta o meu coração
Alegria voltou
Tão feliz a manhã
Deste amor

Um monte de alternativas foram sugeridas pro Kenji: usar outras gaitas em outras posições, mudar a afinação de determinadas palhetas (as mais óbvias são a 6 a e 7 aspiradas que estão a apenas 1/2 tom do que eu queria pegar). Ou mesmo desistir e tirar a música toda de novo na cromática.

detalhe. do 5 prá frente, eu uso praticamente tudo, e pelo menos uns 2 bends. Não é improviso, é a melodia solo, precisa.

infelizmente não achei a partitura na web prá mostrar prá vcs as notas que eu preciso.

não, não dá nem na gaita em D nem na gaita em F#. Não posso embromar pq não é improviso. Não posso segurar a nota anterior. Não posso pegar as outras do acorde. Não posso pegar a mesma nota noutra oitava e subir e descer oitava prá depois voltar. Se for overblow, tem que sair certinho e bonito, coisa rara em overblows se vc não é o Del Junco ou o Levy.

é revoltante. a diatônica é revoltante. Vou abrir e reafinar a 6 ou a 7 aspirada.

quero uma XB-40 em A. Bresslau, quanto custa uma?

quarta-feira, 24 de agosto de 2005

harmonia

uma das músicas mais legais do Carlos del Junco prá mim chama "How High The Moon" do excepcional "Up and At Them"

e eu sempre achei um barato as 3 ou 4 vozes femininas que vão cantando junto.

bem, é uma dona só. Jane Siberry. Se vc é doente igual eu, perca algum tempo prestando atenção nos detalhes que ela salpicou na música. Foda a moça, viu. Muito foda. Eu curto horrores dessas coisas...

sexta-feira, 19 de agosto de 2005

no solos

This harmonica player dies and goes to heaven. There's a long line at the pearly gates, and some dude is going around telling folks in line that they can check out Hell while they are waiting for their spot by just going over to the red elevator over there (points). "You know, if you don't like it, just get back on the elevator and come back up." so, the guy thinks to himself, "hey, gotta check it out...maybe it ain't so bad after all." so over he goes, gets into the elevator and down he goes... the elevator stops, he gets out and the Devil himself is there to show him around.

So, off they go and pretty soon, he's thinking to himself that maybe this ain't so bad after all...they stop in at a nightclub, and there's a great little band inside who's playing their asses off. He spots some famous folks he knows...

"Hey, ain't that Little Walter over there?" They leave, and he finally asks the Devil, "Wow, those cats were smokin'. This place is great! But one thing... there's got to be a catch to this... What is it?" The Devil turns to him and says, quite matter-of-factly,

"No solos."

(http://www.angelfire.com/music/HarpOn/creative.html#contents)

quinta-feira, 18 de agosto de 2005

quem é quem - mariana borssatto

a mari é o seguinte.

a primeira vez que eu vi a cara dela foi na porta do jornal estado de minas. na época ela tinha arrumado um contato de lá que era redator do caderno de cultura, e lá foram o kenji, a mari, o édson e um rapaz que eu nunca vi mais - mas tenho a foto - tirar fotos no sagão. Não lembro se foi no mesmo dia que eu e ela fomos tirar mais fotos na redação, aquele amplo espaço cheio de jornalistas correndo e escrevendo feito doidos.

então a primeira impressão que tive dela, pessoalmente [ela já participava da lista e já tinha mandado uma música] foi da pessoa solidária, que provavelmente é a característica mais marcante da mari. Lógico que ela também é muito bonita, mas um monte de gente é bonita e infelizmente poucos são solidários.

eu sei que tem muita história da mari e eu não vou conseguir sintetizar o que eu quero tentando contar sobre a época em que ela ficou em Wall, no interiorzão dos states, ou das viagens no bluesmobile, da gravação surpresa em que ela apareceu graças ao osmar, ou as ostras gratinadas com cachaça no pré-reveillon, ou de todos os anos de convivência. O CD saiu em dezembro de 2000, então já são 5 anos.

apesar do blog ser de gaita e dela tocar muito bem, acho que existe algo muito além da gaita, e que vai ser o que eu vou escolher deixar neste blog sobre a Mari, que é esse coração de ouro que ela tem. Ela nunca vai pensar antes de oferecer ajuda, ela vai partir do pressuposto que tudo pode melhorar se vc arregaçar as mangas.

O aniversário dela chegando, não sei se vai dar prá arrumar um presente à altura, mas no fundo eu sei que nem é o presente, nem nunca foi. Só nos resta comemorar mesmo.

on the stage - canja no república do jambreiro

foi quando o mário veio. a gente saiu com ele três dias e a gente conseguiu tocar nos três dias. Ele me viu tocar no café num dia, no outro a gente foi no otoni, o bar onde ele trabalhou e onde eu estupidamente nunca fui quando ele trabalhava lá [ainda estou tirando o atraso] e no república do jambreiro, que é uma delícia mas caríssimo.

eis que no república do jambreiro, entra um baixista com baixo de pau e um guitarrista com guitarra semi acústica tocando jazz. E eu cubando. E os caras me reconhecem, eram do legado blues, gente com quem dividi o palco num evento feito lá perto da fábrica da sevem boys pelo legendário Ary, do qual ainda vou falar mais neste blog.

e no dia que não ia ter gaita, foi o kenji tocar summertime e o samir improvisar uns blues legais. O primeiro jazz do Kenji de verdade, e o kenji tentando lembrar as frases do einhorn para summertime [o kenji toca summertime emendando frases do einhorn com solos levemente imitados do toots e alguma coisa do blues for sale de SP]. Acho que não ficou grandes coisas no fim das contas, por causa da gaita, pq os dois do legado estavam afiadíssimos, mas eu curti assim mesmo. Tocando à luz de velas, é a minha foto de lá que vc vai ver quando vc for comentar nesse blog. Pq é uma das vezes que o Kenji mais ficou silenciosamente feliz de ter tocado.

on the stage - tocando no letras e expressões

o letras e expressões fechou. toquei lá em torno de um ano, toda semana, algumas vezes duas vezes por semana, na época do natal, até três vezes por semana. Mais ou menos o mesmo repertório com o Max, de indie rock.

devem ter sido uns 80 shows seguramente. não me lembro de nenhum show em que a Lud não tenha ido.

quando o Max me chamou, o Deja Blue estava minguando. E eu não fiquei parado. Talvez essa minha crise seja de não estar tocando toda semana. Bem, já estou investindo numa nova banda, volto à minha terapia de gaita.

foi uma oportunidade excelente para aprender várias das coisas mais importantes do palco. Postura. Repertório. Pedaleira. Microfones. Efeitos. Ser ouvido. Não ser ouvido. Passar vergonha. [o jimmy é um doce de pessoa, mas eu ainda tenho vergonha de tocar na frente de um cara que estudou jazz com dois dos marsalis numa universidade nos estados unidos]

tocar no café é um exercício de humildade para o gaitista solista, pq as músicas são comedidas, o repertório era melancólico, não há grandes espaços para solos ou para muito feeling. O público normalmente não foi lá para te ver. Seus amigos não vão ter paciência de ir te ver tocar a mesma coisa toda semana. Alguns shows não aconteceram pq ninguém estava lá para assistir. Outros estavam tão cheios que mal se ouvia tocar.

mas pude tocar o que gaitista nenhum toca. morphine, placebo, tom waits. foi uma oportunidade ótima. acho que de todas as músicas, tinham umas 5 que eu realmente me orgulhava delas, mas acho que nunca usei tantas gaitas e em afinações tão diferentes. Lee Oskars MM serviram para Manu Chao, Morphine e The Cure. Lee Oskars Natural Menor servia para Tom Waits. Cromática para Placebo. Muito efeito para tocar Morcheeba. Isso para mim já foi excelente.

o mais lastimável foi ter desencontrado da rodica, mas talvez não tivesse acontecido nada, afinal, jazz não é o forte do repertório do max. Mas eu queria pelo menos que ela tivesse me visto tocar.

comia e bebia como um rei. era amigo dos funcionários, todos ótimas pessoas. vou sentir saudades. guardei a caricatura e a folha semidestruída do repertório e os tons das músicas, que vou mandar emoldurar qualquer dia desses.

Dona Iaiá

BH tinha uma professora de cromática chamada Iaiá. Ela pedia para ser chamada assim.

Ela dava aula numa escola de música onde se tocava música evangélica, era cantora lírica, tocava violão, piano, cromática e o qualquer coisa que produza notas musicais que exista por aí. Era uma senhora negra e forte, boazinha até, e que chamava minha cromática de "gaitinha". Dava aulas perto da rodoviária e ninguém conhecia ela. Eu confesso que me sinto especial tendo tido aulas com ela. Não tenho notícias dela, tomara que esteja lecionando e bem de saúde.

Não ensinava efeitos, sopros, embocaduras ou coisas do tipo. Mas eu tinha de ler partituras, como outro instrumento qualquer. Talvez a gaita devesse ser lecionada assim: como um instrumento primeiro, e as acrobacias para depois.

Tive só um mês, infelizmente. Nunca fui dedicado e disciplinado o suficiente. Mas ela existe e eu já vi. Um dia vou tentar descobrir a localização exata de onde era o lugar e fazer uma visita. Dona Iaiá é uma daquelas pessoas que a gaita de belo horizonte não conhece. Talvez devesse conhecer

bluesmobile

houveram dois bluesmobile. um prá campinas e outro pro sesc pompéia.

eu confesso que misturo as lembranças, mas algo me diz que o primeiro foi melhor. ambos foram com o mesmo motorista, um ex-atirador de elite da polícia militar, espero que tenha suportado legal a gaitaria na viagem toda.

eu tb lembro que não foi barato, mas foi fora do normal. eu lembro da viagem de ida, da sonzeira o tempo todo, da galera se enturmando de vez, dos pães de queijo de provolone do zé. Lembro da portaria lotada no delta blues de campinas, lembro de um show que quase não dava prá assistir, lembro do cansaço, lembro das pessoas todas aquelas pessoas da lista. Lembro da informação jorrando para dentro da cabeça pelos olhos e pelos ouvidos. Lembro do Benê, do Róbson e do Eberienos tocando. Lembro da gente chegando no albergue da praça da árvore de manhã. Lembro da mari tocando no banheiro. Lembro do encontro no Oscar´s. Lembro da farra. Lembro pouco da viagem de volta.

hoje eu já acho que não vai ter outro bluesmobile e isso faz parte das coisas. Mas eu não sei, tenho lá minhas esperanças. O Zé pegou o primeiro bluesmobile quase aos 60. Talvez eu pegue outros ainda.

terça-feira, 16 de agosto de 2005

Ibitipoca Blues 2005 (thanks Dupas + Danilo)

Essa é para quem é ou via estar nas redondezas de Ibitipoca / Juiz de Fora - MG.
Depois do grande sucesso da Jafer Blue no IBITIPOCA BLUES 2004, infelizmente a Jafer Blue se desfez.
Um ano se passou e eu, Alex Dupas, volta com sua carreira solo, e o primeiro grande show de estreia será no IBITIPOCA BLUES 2005

Neste sábado (20/08/2005) vai rolar o grande evento, o IBITIPOCA BLUES. As bandas que farão a festa dessa vez serão:
- Dr. Einstein
- Big Joe Manfra
- Alex Dupas and the Magic Blues
- Beale Street

Para maiores informações: www.ibitipoca.tur.br ou (32) 3213-9445 / 3281-8200

Alex Dupas

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Ae galera,

Pra quem vai neste fim de semana a Ibitipoca, pra quem curte blues e gaita, existe este blog que fornece até mesmo a previsão do tempo para o dia do evento, além de links para algumas páginas bem interessantes. Acessem e deixem o seu comentário:

http://www.soublues.blogspot.com/ - uma alternativa a quem buscou informações no site do ibitipoca.tur.br e se decepcionou.

Abraços

Danilo Cunha

breve história do blues em BH

o blues em BH é feito de muitas figurinhas repetidas e de muitos bons músicos anônimos.

pobre de mim querer dizer que conheço todo o blues em BH. Mas talvez eu conheça um pouco mais que a média.

o blues em BH começou de forma significativa na década de 80, quando havia um lugar chamado Blue Bar, que eu nunca fui, na savassi. Foi quando surgiu o Blues and Company e o Nasty Blues, eu acho. Eu sei que eles já existiam nessa época.

o Nasty Blues sempre foi e continua sendo um dos expoentes do blues na cidade. A banda teve por muito tempo o Leandro Ferrari como gaitista, mas no final o Bruno, o líder da banda, admitiu que não gostava de gaitistas e o Nasty continua sem gaitista fixo até hoje. No entanto, a "cozinha" do Nasty mantém um bom relacionamento com o Ferrari e com os gaitistas da cidade.

o Blues and Company sempre foi a banda do Clebão, que é um vocalista excelente e maluco. A banda recentemente voltou à ativa, mas não tenho visto shows deles. Não tenho certeza, mas acho que o Clebão possui outro projeto que é a banda Yer Blues, muito boa tb (não lembro se era ele cantando, mas lembro que a banda era boa)

tb houve o Black Coffee, da Carol, que eu nunca conheci pessoalmente, mas que me quebrou o maior galho da minha vida de gaita, que foi indicar o pessoal do Hot Spot pro lançamento do CD 2 do Gaita-L no bar da estação em 2001. Diz o Osmar que a banda era ótima e ele sempre dava uma canja com eles, mas eles tocavam no seis pistas e eu só arrumei carro aos 29 anos, então sequer vi show deles. Mas sou profundamente agradecido a ela até hoje, mesmo não reconhecendo ela se eu topar com ela na rua. O Black Coffee chegou a virar "Café Preto" quando parou um pouco de tocar blues para tocar mpb.

o Hot Spot tinha acabado de começar quando tocou pro lançamento do CD do gaita-l 2, fazendo um show memorável com dezenas de gaitistas bons (só lembrando alguns: marcelo batista, leandro ferrari, pedro kokaev, dalton (SP), eberienos (RJ), gaspar vianna (RJ), osmar, bresslau, mariana, mas tinha mais gente) e ainda pegaram uma grana boa do show. Excelente debut. Voltaram à ativa e estão tocando em tudo quanto é lugar. Mantenho uma ótima relação com esse pessoal e estou devendo uma canja com eles. Sujeitos ótimos.

o Hot Spot conta com o Marcelo na guitarra, que também toca no excelente Loretta Funkenstein, que tinha o Pedro Kokaev tocando coisas do nível do Carlos Del Junco. Infelizmente o Pedro resolveu sair da banda e trocaram a gaita por metais. Tem show deles no café da Status no início de Setembro.

quase tão antigo quanto o Nasty, existe o Ary Batera, articulador, baterista e idealista maluco do blues, que montou o Mandinga e logo depois a Legado Blues, que têm se mantido firme, ainda que mudando de tempos em tempos a configuração. Tive a felicidade de dar uma canja no República do Jambreiro com o guitarra e o baixo do Legado ano passado. É um sujeito importante no cenário.

tb existe o trabalho do gaitista Guto Grandi, no trinca de ases. Infelizmente não mantenho contato com ele por razões pessoais. Mas ele existe e deve ser citado.

Leandro Ferrari é uma das forças motrizes do blues na cidade, promovendo o Minas Harp, e toca no Compadres e as coisas eletrônicas do batrak. É um velho amigo e foi professor de quase todo mundo.

Do sangue novo, temos o Osmar em sua eterna busca por uma banda de blues puro. Chegou a ter um repertório muito bom com o Ziriguiblues, que infelizmente acabou.

Tem o Samir, que toca muito bem e tem uma banda da qual não me lembro o nome agora, mas parece ser boa (quando fui tentar ver, o lugar tava lotado e eu não entrei).

A Mari de vez em quando anima, de vez em quando desanima de gaita.

O Édson chegou a ter uma banda de um único show, a papa-léguas, mas ainda tem um puta timbre.

O Fred veio de viçosa e está tocando bem como nunca. Acho que tem uma banda e deu um show em Ponte Nova, mas não sei muitos detalhes.

O Bruno tem uma onda John Popper, toca um bocado tb, mas acho que ainda está no canadá. Minha fita de vídeo que eu mandei voltou e estou para entregar para ele assim que ele der sinal de vida.

Tem o Alexandre Araújo, e periodicamente ele me chama para dar uma canja nos shows de quinta dele. Um dia eu vou. Ele tocava com o Diogo quando ele morava aqui e chegou a tocar com o Osmar tb.

Já vi um sujeito tocar stevie ray vaughan sozinho no estranho palco do café e cultura, detonando tudo, mas nunca soube o nome dele.

Tem a Rodica, que tem um repertório mezzo blues, mezzo jazz, mezzo música latina, técnica vocal soberba, showzaço. Anda sumida, mas eu tento acompanhar seus shows sempre que possível.

Tinha o Guilherme Bizzoto que tocava guitarra e sumiu.

E tem o Zé Raimundo, que anda sumido, mas que de vez em quando aparece. A vida anda agitada e o cara anda viajando muito para dar aulas, tá foda ver ele.

E o Deja Blue acabou e o Blue Label tá começando. o Deja Blue nunca foi tão blues quanto eu queria no início, sempre foi mais soul, mas nunca achei isso ruim, pq do que a gente tocava, grande parte estava bem ensaiada e eu gostava de tocar. O Blue Label deve ser mais blues pq acho que a galera quer tocar mais blues mesmo.

Onde se ouve blues em BH? Além-da-coisa, mutantes bar, stonehenge, garage d'caza, freuds, café status, eventualmente em macacos (reduto do grandi). Dos que me lembro agora. Com alguma negociação, se toca blues tb no República do jambreiro (nova lima), no Matriz, na Showtime, no café do SESI, no Utópica, no Conservatório bar, no aluarte de Tiradentes e na casa do Kenji. Deve haver mais lugares. O Jefferson Gonçalves conhece bons lugares no interior de minas. Eu tenho o fetiche de um dia tocar em Tiradentes e em Ouro Preto. Encontros de motoqueiros e festas universitárias (em viçosa...) tb são bons público para shows de blues. Mesmo o buteco do ICB é um climão massa. Já fui em show de blues em praça pública no bairro santa teresa, ou perto da fábrica da seven boys ou mesmo em festas em diretórios do PT. Até no reciclo já teve jam, com o pessoal do Legado.

Lugar e gente teoricamente não falta. Dinheiro com certeza falta. Jam de palco aberto e eventos regulares desse tipo, bares temáticos de blues eu não conheço. O mais próximo disso talvez seja o Garage d'caza, reduto do Ferrari. Mas um lugar blues de quem gosta e principalmente conhece blues mesmo, não me ocorre. BH chegou a ter o blue banana que tinha essa proposta e teve um show do Fabulous Thunderbirds praticamente vazio. No mesmo lugar, nem chegou a ter Jeff Healey por falta de público pagante. O último show de blues da cidade foi no marista (chevrolet hall) com Rod Piazza, show fraco no lugar errado. O festival que tinha no mineiríssimo não tem faz alguns anos (eram 3 dias de shows trazendo bandas de SP e RJ). Do ibitipoca eu nem tenho notícia.

De vez em quando eu recebo emails de gente como o Róbson Fernandes perguntando como fazer para tocar em BH. Tristemente, eu me limito a responder que o homem que tem as chaves é o Leandro e que BH paga mal, ainda mais quem vem de RJ e SP. O Jefferson, que é uma espécie de james brown da gaita no sentido em que ele trabalha pacas prá conquistar o espaço dele, já conhece os caminhos do interior de minas. Eu sei que há boas bandas de blues no interior de minas, mas quem conhece isso mais é o Ary.

Do que eu já conversei com o Helton Ribeiro, a demanda está no interior. O blues está fora de moda, as bandas de blues se multiplicaram mas poucas ocupam o espaço. Nunca mais se viu o blues etílicos em BH, o Big Allambik se acabou. O cenário anda fraco. Os bons músicos continuam em casa. Mas a gente faz o que pode.

blue label

tou apostando numa nova banda, mais bluesy que o deja blue: a blue label. o primeiro ensaio foi sábado de manhã e prá um povo que tava meio enferrujado, acho que foi até aceitável. O suficiente prá galera querer virar mensalista logo e ensaiar direto.

acho que tava todo mundo precisando disso um pouco.

sexta-feira, 12 de agosto de 2005

segunda-feira, 1 de agosto de 2005

aí eu caio na real

quando o grupo de estudos de gaita silenciosamente acaba e quando ninguém no gaita-l aparece quando eu pergunto de outros grupos de estudos. A triste verdade é que a gente gosta tanto de uma coisa que acaba achando que o resto todo gosta também.

os gaitistas não irão almejar nada além dos pequenos shows, que sempre serão organizados pelas mesmas poucas pessoas que possuem algum interesse maior neles, e o ciclo que roda do iniciante que quer mudar o mundo até o velho gaitista que já desistiu vai fechar e as coisas vão continuar como estão e como sempre foram.

algumas boas amizades e algumas boas lembranças vão ficar, mas nada daquilo vai voltar. vence a situaçào e as poucas boas iniciativas vão sumir tão rápido quanto surgem.

Foi bom viajar na maionese. Por um segundo, eu quase achei que tinha um plano. Que belo presente de aniversário.