domingo, 27 de julho de 2008

fui ver o Milteau

foi assim

a Clara comprou os ingressos em SP. Íamos eu e a Lud, mas sábado a Lud tinha aniversário da Tia Lili, Festa Junina da editora fórum, íamos levar a Zen no vet (não conseguimos, não cheguei em condições, não consegui dormir na viagem e eu sei como é difícil colocar a zen na caixa sozinha)

sexta meio dia eu tava no aeroporto pegando o avião prá SP. Vim no vôo lendo a entrevista do Milteau prá Planet Harmonica do Benoit Felten de 1999. Difícil fazer melhor que aquilo. São 22 páginas de entrevista densa com um Milteau relaxado, enquanto nossa entrevista não tinha pauta direito e nem jornalista disponível para conduzir a entrevista, que ainda por cima teria que durar meia hora. Fui anotando tudo no vôo. Fiz o possível para dentro de 30 minutos balizar a entrevista em 3 aspectos

- não repetir nada que ele já tenha respondido na entrevista prá Planet Harmonica
- focar no lado artista mais que no lado gaitista, já que eu acho que ele considera a gaita mais um meio de expressar a arte dele que um fim por si só
- tentar perguntar algo inteligente, para tentar compensar nosso amadorismo puxando assuntos interessantes. O milteau, nós e os leitores somos todos inteligentes. Todos merecemos isso.

Olha a papelada marcada aí. Deus salve a caneta fluorescente.



cheguei em SP, encontrei com a Clara, almoçamos devia ser umas 15h. Conversei com ela sobre o periódico do SBRAH e definimos algumas questões importantes. O Gaspar foi pro Hotel do Milteau direto e o Benê desencontrou da gente (ele iria participar também), então fomos os três entrevistar o homem.

a entrevista foi melhor do que eu esperava, apesar de todo o nosso amadorismo. Gravamos, mas duvido que tenha ficado bom pq a entrevista foi na lanchonete do lado do hotel, de frente prá rua movimentada e barulhenta (Oscar Freire). Felizmente foi feita a 6 mãos, então podemos cruzar as lembranças se for necessário.

depois disso fomos direto pro SESI da paulista, onde a galera foi concentrando. Oswaldo, Dupas, Junior Blues (ficou com 3 gaitas minhas prá ajeitar), Geison (com os adesivos do SBRAH) e mais um tanto de gente.



Muito em breve, estarão à venda no site do SBRAH e na Harmonica Master.

Showtime, eu tava na segunda fileira, curtindo o show intimista, variado e acessível do Milteau, que agradou bem a platéia geral. Não é um show em cima de virtuose, apesar de ter havido destes momentos, talvez por isso tantas pessoas gostem do Milteau. Ele alterna truques como copos, trocas de gaitas, diversidade de ritmos, alguns gracejos e uma boa comunicação com o público, o que é fundamental. Tudo isso para que o show fique interessante do começo ao fim.



Depois disso, é hora de comprar o CD e pegar o autógrafo e tirar a foto com os caras.



Ficou uma foto interessante, pq como a Clara não ligou o flash, ficou um halo de luz azulado vindo por trás. Gostei dessa foto de fã tietando ;-)

Depois fomos todos correndo pro bar secreto do Omar Izar, que fica na casa dele, sem placa, por trás de um portão que esconde qualquer indício da existência do bar. Só se vai ao bar com reserva e, antigamente, tinha que dizer uma senha pra entrar também. Lá dentro, uma bela banda de jazz tocando e o Omar lá atrás perto do balcão, sempre muito simpático. Tive 20 minutos para contar e distribuir os adesivos (quase que como uma reunião de mafiosos dividindo o fruto do roubo) e começar a tomar uma long neck.



Saio correndo com uma carona do Fernando e vou ao metrô, onde tenho que pegar o busão de volta para BH. Chego com 20 minutos de antecedência, troco minha reserva por uma passagem e chego ao busão 10 minutos antes dele sair, para descobrir gratamente que ninguém ia ao meu lado. Bem legal para alguém cujas costas (não na altura da hérnia, mas na altura do trapézio) doíam já haviam 2 dias.

Mas claro que valeu a pena. Além de poder reencontrar bons amigos, ainda pude ouvir os causos do Benê sobre a pizzaria dele em Curitiba, os causos do Gaspar sobre tudo (o homem sabe de tudo), as informações da Clara (que também sabe de tudo), conversar rapidamente mas ainda de forma muito produtiva com o Fernando sobre o mercado informático, saber da reforma da casa do Dupas, bater um papo rápido com a Cris, que agora tá na Folha, entre diversas outras coisas.

Foram 12 horas em SP. O tempo de todo mundo cada vez mais curto. Disse o Gaspar sabiamente "cara, eu queria que o SBRAH tivesse começado 5 anos atrás". Eu também, mas como diz o Cassio, meu chefe e sócio no trampo, "não vai melhorar muito disso não".

E é verdade. Postergar só vai piorar as coisas. O momento é agora pq é prá ontem, o SBRAH.

Aliás, prá quem ainda não viu, www.sbrah.com.br. Nós queremos aquilo em 2010 sim.

Isso sem contar, claro, que hoje, domingão, eu trabalho depois do almoço prá compensar a sexta em que eu virei abóbora prá ver o Milteau. Bem, eu não posso como o Samir, a Clara, o Mário e a Mari ir para Paris ver o Milteau, então meu sacrifício para vê-lo em SP justifica-se, pelo menos dentro da minha cabeça.

5 comentários:

  1. Valeu muito a pena sim!!
    Showzaço!!!!
    E bom te ver, Kenji!!

    ResponderExcluir
  2. Pois é, e de repente comecei a gostar de Oh! Suzana! ;-)

    Abraço Kenji,

    Dau

    ResponderExcluir
  3. Lindo, lindo, lindo!!!!!!!1

    Triste, triste, triste!!!!!!!!1

    Não pude ir por motivos de força mt maior.Pior que isso, era o dia do meu aniversário e eu tava com dois ingressos comprados no primeiro dia de vendas e tinha transporte p/ ir.

    Bela matéria, mas quando sai a entrevista?

    Abraços

    ResponderExcluir
  4. em breve.... feliz aniversário atrasado ;-)

    ResponderExcluir