me perdoem pelo longo testamento, mas peço a atenção de vcs.
este fim-de-semana, conversando com o pessoal daqui de BH, me
colocaram uma idéia que acho que vale a pena ser discutida nas listas
notem que essa discussão não se aplica ao cd do gaita-l que está sendo
finalizado esta semana
a sugestão era filtrar o cd do gaita-l para o resultado do cd ficar
mais legal, as pessoas quererem mandar coisas boas e as pessoas
quererem ouvir. A filtragem seria feita por uma espécie de comissão de
gaitistas da lista, que iria variar sempre. A motivação do argumento é
que as pessoas normalmente não ouvem os cds do gaita-l mais de uma
vez.
meu contra-argumento foi que o intuito do cd é a galera conhecer o som
do outro e que selecionar quais são as boas e as ruins é um trabalho
complicado e subjetivo. Acrescentei que ver o progresso de um gaitista
ao longo dos cds do gaita tb é uma coisa boa do cd, então o cd seria
um registro.
por um lado, o aspecto filosófico do cd como produto de algo da lista,
para incentivar o pessoal a tocar, é importante, da mesma forma que
valorizar os gaitistas que se esforçaram para mandar uma música legal
tb é. Na minha opinião.
de forma que chegamos (ou não chegamos) num meio-termo interessante.
continuar fazendo o cd do jeito como é feito, aceitando todas as
músicas que são enviadas, mas abrindo as faixas para votação pelo
pessoal da lista.
não ficou claro para mim se isso significaria fazer um cd à parte com
as melhores músicas do gaita-l, mas até poderia ser. eu realmente não
sei, por isso estou colocando aqui em discussão.
cada pessoa vê a lista de um jeito. eu vejo o gaita-l como uma lista
de muitos ouvintes silenciosos, muitos que gostam mas não tocam mas
querem se manter informados e uma pequena parcela de talvez uns 10 ou
20 que efetivamente participam da lista e escrevem nela.
até me falaram que alguns têm medo de postar na lista pq acham os
administradores muito rígidos (não sei se o bresslau vai concordar
comigo, mas acho que somos sim) e se por um lado a rigidez mantém
teoricamente o foco da lista, a longo prazo poderia tb estar tirando
da lista os iniciantes, o que efetivamente é um tiro no pé.
olhando para trás, muito do cenário da gaita mudou e faz a gente
pensar no que a gente quer com o gaita-l. Em 2000, o cd do gaita-l era
a primeira coisa que a lista produzia em conjunto, ainda que eu
estivesse centralizando o processo. Foi um deus nos acuda para arrumar
gente prá tocar. Em 2005, eu não tive que fazer muito esforço para
receber um monte de contribuições (e certamente mais um tanto chegará
esta semana, na 25a hora) e dificilmente o cd não será duplo. O cd se
estabeleceu, a homenagem recebeu seus votos (poucos, mas recebeu) e
vai ter o show de lançamento dia 7 (e sim, Clara, acho que vai rolar
um treco bem legal dia 17. O espaço onde fizemos o primeiro diz do
grupo de estudos se ofereceu prá gente! - fabuloso - O pessoal de
sampa viria na festa vip?)
o gaita-l precisa de sangue novo. o Kenji não vai fazer o gaita-l para
sempre (eu queria repassar a bola ano que vem. no mínimo, não vai ser
mais em dezembro, se depender de mim) e seria legal termos algo em
mente para o futuro. O que o gaita-l quer? E se quer, como pretende
chegar lá?
[]
Kenji
_______________________
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segunda-feira, 28 de novembro de 2005
sexta-feira, 25 de novembro de 2005
segunda-feira, 21 de novembro de 2005
Última Chamada para o CD do Gaita-L 6 - 2005
Caros amigos e amigas da gaita
É com imenso prazer que faço a última chamada do CD do Gaita-L 6.
O prazo para o envio de músicas é a meia-noite do dia 30 de Novembro, ou seja, quarta da semana que vem. Não vai ter prorrogação.
É o mesmo prazo para o envio de seus votos para o Gaitista Homenageado deste ano. Não vale votar no Ulysses pq ele foi homenageado ano passado.
Já posso adiantar que o cd deste ano vai ter muita coisa legal. E que vcs vão poder baixar o CD do site http://www.gaitabh.org, da mesma forma como já podem fazer com os cds dos anos anteriores. (ué, já? já. quem manda não conferir os links que eu mando?)
O show de lançamento será em Belo Horizonte, dia 7/12, No Garage D'Caza, com a banda Hot Spot e o gaitista Leandro Ferrari, e palco aberto ao gaitista que quiser participar da festa. Dia 7 é véspera de feriado em Belo Horizonte. Vai ser uma festa legal, e a banda é a mesma que tocou na primeira festa de lançamento do CD do Gaita-L em 2001, aqui em BH também. (só que naquela época vieram dezenas de gaitistas do país todo)
Infelizmente, eu não consegui fazer o show num sábado, facilitando para o pessoal que vem de fora. Mas ainda estou mexendo meus pauzinhos por aqui para tentar fazer alguma coisa no dia 17/12, algo menor, mais informal e intimista. Mea culpa. Mas estou pensando seriamente em mudar a data do CD para Janeiro ou Abril para as próximas edições. Dezembro é um mês muito atribulado para todo mundo.
[]
Kenji
_______________________
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É com imenso prazer que faço a última chamada do CD do Gaita-L 6.
O prazo para o envio de músicas é a meia-noite do dia 30 de Novembro, ou seja, quarta da semana que vem. Não vai ter prorrogação.
É o mesmo prazo para o envio de seus votos para o Gaitista Homenageado deste ano. Não vale votar no Ulysses pq ele foi homenageado ano passado.
Já posso adiantar que o cd deste ano vai ter muita coisa legal. E que vcs vão poder baixar o CD do site http://www.gaitabh.org, da mesma forma como já podem fazer com os cds dos anos anteriores. (ué, já? já. quem manda não conferir os links que eu mando?)
O show de lançamento será em Belo Horizonte, dia 7/12, No Garage D'Caza, com a banda Hot Spot e o gaitista Leandro Ferrari, e palco aberto ao gaitista que quiser participar da festa. Dia 7 é véspera de feriado em Belo Horizonte. Vai ser uma festa legal, e a banda é a mesma que tocou na primeira festa de lançamento do CD do Gaita-L em 2001, aqui em BH também. (só que naquela época vieram dezenas de gaitistas do país todo)
Infelizmente, eu não consegui fazer o show num sábado, facilitando para o pessoal que vem de fora. Mas ainda estou mexendo meus pauzinhos por aqui para tentar fazer alguma coisa no dia 17/12, algo menor, mais informal e intimista. Mea culpa. Mas estou pensando seriamente em mudar a data do CD para Janeiro ou Abril para as próximas edições. Dezembro é um mês muito atribulado para todo mundo.
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Kenji
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grossi e a expressão na gaita
engraçado como são as coisas. fui ver o grossi aqui em BH, num festival internacional de música com violão, no décimo quinto andar de um prédio que tinha um auditório com 600 lugares, completamente desconhecido para mim. Showzaço. A dupla que gravou "affinity" (que eu comprei e levei para autografar) simplesmente é de desmontar o queixo. Comprem o CD e vejam o show pq é de arrepiar.
rasgada a devida seda, tem duas coisas do show do grossi que eu achei interessante. uma que ele tem muito bom gosto (comum entre os gaitistas de cromática, não sei porque) e que ele é muito econômico nos vibratos, o que não impede que o som seja ótimo, mas que demonstra uma característica de estilo. É engraçado, mas enquanto os gaitistas de diatõnica passam anos atrás de um bom vibrato, o uso dele na cromática do grossi e no de vários outros gaitistas de cromática não parece ser algo tão frequente.
a outra é a diferença de expressividade entre o violão e a gaita. são formas diferentes. o violão cria climas, mas a gaita é mais orgânica, certamente por ser um instrumento de sopro. Enquanto o violão não permite que se mude o volume de uma nota facilmente depois de dedilhada a corda, a gaita permite inflexões de dinâmica e volume do som que lembram bastante a própria fala, de forma que eu acabo achando, no meu modo, a gaita um instrumento incrivelmente expressivo.
claro que expressão depende muito tb do feeling de quem toca e de quem ouve. Ray Charles ao piano pode ser mais expressivo que qualquer gaitista, mas eu realmente acho o violão um pouco menos orgânico. Até comentei com a Lud no carro enquanto voltava, que eu tinha lembrado pq eu gosto mais de gaita que de violão.
e essa história de música e expressão me lembrou de um livro que eu li (eu confesso, era "o livro de ouro da mente", da ediouro, leitura nada gabaritada cientificamente) que dizia que uma das manifestações mais complexas da nossa inteligência certamente é a comunicação, pq exige praticamente todo o aparato lógico, cognitivo e de abstração, e que a mesma área do cérebro que processa música processa linguagem, de forma que talvez, a música tenha sido algo parecido com as primeiras tentativas de comunicação. É esquisito pensar em termos racionais sobre um conjunto de sons que provoquem emoções, e mesmo as emoções de quem ouve música podem ser confusas tb. Mas o fato é que música tb é uma forma de comunicação, portanto um fator socializante.
mas vou deixar as elucubrações filosóficas e fisiológicas e musicais para outro dia. fica aí só o fio da meada para quem quiser desfiar o novelo.
rasgada a devida seda, tem duas coisas do show do grossi que eu achei interessante. uma que ele tem muito bom gosto (comum entre os gaitistas de cromática, não sei porque) e que ele é muito econômico nos vibratos, o que não impede que o som seja ótimo, mas que demonstra uma característica de estilo. É engraçado, mas enquanto os gaitistas de diatõnica passam anos atrás de um bom vibrato, o uso dele na cromática do grossi e no de vários outros gaitistas de cromática não parece ser algo tão frequente.
a outra é a diferença de expressividade entre o violão e a gaita. são formas diferentes. o violão cria climas, mas a gaita é mais orgânica, certamente por ser um instrumento de sopro. Enquanto o violão não permite que se mude o volume de uma nota facilmente depois de dedilhada a corda, a gaita permite inflexões de dinâmica e volume do som que lembram bastante a própria fala, de forma que eu acabo achando, no meu modo, a gaita um instrumento incrivelmente expressivo.
claro que expressão depende muito tb do feeling de quem toca e de quem ouve. Ray Charles ao piano pode ser mais expressivo que qualquer gaitista, mas eu realmente acho o violão um pouco menos orgânico. Até comentei com a Lud no carro enquanto voltava, que eu tinha lembrado pq eu gosto mais de gaita que de violão.
e essa história de música e expressão me lembrou de um livro que eu li (eu confesso, era "o livro de ouro da mente", da ediouro, leitura nada gabaritada cientificamente) que dizia que uma das manifestações mais complexas da nossa inteligência certamente é a comunicação, pq exige praticamente todo o aparato lógico, cognitivo e de abstração, e que a mesma área do cérebro que processa música processa linguagem, de forma que talvez, a música tenha sido algo parecido com as primeiras tentativas de comunicação. É esquisito pensar em termos racionais sobre um conjunto de sons que provoquem emoções, e mesmo as emoções de quem ouve música podem ser confusas tb. Mas o fato é que música tb é uma forma de comunicação, portanto um fator socializante.
mas vou deixar as elucubrações filosóficas e fisiológicas e musicais para outro dia. fica aí só o fio da meada para quem quiser desfiar o novelo.
domingo, 20 de novembro de 2005
quanto custa lançar o cd do gaita-l?
aluguel de equipamento bom de voz (PA + caixas) = R$ 80
músicos = R$ 200 ~ R$ 300
lugar = R$ 10/h
tempo e disposição de gente prá ajudar = não tem preço
este ano vai ser no garage d'caza, com o hot spot, num dia de semana, ruim para quem não é de BH, pq eu deixei para olhar de última hora. E não vai custar nada. Mas tb não vai ser do jeito que eu acharia bacana. E o palco paladar e o café do letras fechando tb me quebraram as pernas.
o jeito que eu acharia bacana seria um violeiro bom num lugar pequeno para um show acústico com gente bebendo e curtindo, do gaita pro gaita, no esquema do Oscar's de SP. Mas só funcionaria se houvessem gaitistas o suficiente querendo tocar. Ultimamente, nem isto temos. Se fosse, com R$ 300 daria prá fazer a sobrava.
quando eu tentei fazer uma vaquinha prá pagar o avião do Ulysses prá Santos, foi um deus-nos-acuda. Se gerenciar o cd do gaita-l já dá trabalho (gente que manda música muito longa, gente que manda link que não funciona, e etc), imagine lidar com dinheiro dos outros!
o que me leva à pergunta básica: queremos isso?
músicos = R$ 200 ~ R$ 300
lugar = R$ 10/h
tempo e disposição de gente prá ajudar = não tem preço
este ano vai ser no garage d'caza, com o hot spot, num dia de semana, ruim para quem não é de BH, pq eu deixei para olhar de última hora. E não vai custar nada. Mas tb não vai ser do jeito que eu acharia bacana. E o palco paladar e o café do letras fechando tb me quebraram as pernas.
o jeito que eu acharia bacana seria um violeiro bom num lugar pequeno para um show acústico com gente bebendo e curtindo, do gaita pro gaita, no esquema do Oscar's de SP. Mas só funcionaria se houvessem gaitistas o suficiente querendo tocar. Ultimamente, nem isto temos. Se fosse, com R$ 300 daria prá fazer a sobrava.
quando eu tentei fazer uma vaquinha prá pagar o avião do Ulysses prá Santos, foi um deus-nos-acuda. Se gerenciar o cd do gaita-l já dá trabalho (gente que manda música muito longa, gente que manda link que não funciona, e etc), imagine lidar com dinheiro dos outros!
o que me leva à pergunta básica: queremos isso?
sábado, 19 de novembro de 2005
as novas demandas dos gaitistas
ontem fui no show do hot spot com leandro ferrari no café com letras. infelizmente o batera não pôde ir pq o cara estava doente, mas foi um show bom assim mesmo. aproveitei prá levar a camisa do jackivelô pro leandro e para ver com os caras que dia rolava para eles tocarem no show de lançamento do cd do gaita-l 6, 2005, que deve ser dia 7, véspera de feriado em BH, no garage d´caza.
conversando rapidamente com o leandro, perguntei para ele como estava o nível dos alunos e o que a galera agora está querendo tocar. o interessante é que, segundo ele, a grande maioria dos alunos mais jovens não quer aprender a tocar blues na gaita, enquanto os mais velhos na maioria são blueseiros. Segundo ele, os mais novos sequer conhecem blues direito.
é engraçado pq é um pouco contra-intuitivo. normalmente as pessoas procuravam aprender diatõnica para aprender blues (o leandro é essencialmente um gaitista de diatõnica), mas o que acontece hoje é que parece que o blues perdeu espaço e o interesse por gaita continua, porém associado ao pop, ao rock e ao reggae.
na verdade, faz todo o sentido do mundo. o cenário de blues brasileiro murchou e hoje temos muita gente tocando, mas poucas bandas de projeção nacional. vamos assumir: o blues nunca esteve tão fora de moda no brasil. por outro lado, o cenário da gaita para todo o resto não está tão mal. No pop, estamos sempre ouvindo uma gaita sendo tocada em músicas do skank, do engenheiros, no charlie brown jr, do marcelo d2. Nem sempre bem tocada, mas ouvimos assim mesmo. E temos o gabriel grossi, tocando com a zélia duncan e dando novo fôlego à gaita cromática, que segue seu caminho natural dentro da mpb, do chorinho e do jazz. E isso leva pessoas interessadas para os professores de gaita. Fora isso, tem o John Popper, provavelmente o gaitista mais popular da atualidade, que com seu estilo rápido, tem conquistado fãs no pop, com muitas pitadas de folk e poucas de blues.
a década de 80 foi a profusão de gaitistas no brasil, e com isso buscou-se uma diversificação no mercado. os gaitistas começaram investindo no diferencial nacional incorporando elementos de samba e capoeira no blues, tentando exportar blues abrasileirado, já que não adianta competir com o blues original e autêntico americano fora do brasil. Depois foi tentar entrar em outros estilos e finalmente estamos tendo os frutos disso, nas pequenas gaitas do pop. Num momento em que o brasil está, de certa forma, "na moda", o que é autêntico do brasil ganha, e quem ganha mais com isso na minha opinição é a gaita super competente do gabriel grossi e o chorinho bem tocado do benevides.
o que falta? para mim, falta conquistar alguns novos espaços e surgirem gaitistas que sejam mais que grandes instrumentistas e que façam músicas realmente marcantes. John Popper é um grande gaitista, mas o Blues Traveller está além do gaitista e construiu algo que é inovador e duradouro. Falta surgirem no brasil as bandas onde a gaita faça sentido, dê identidade, tenha destaque, mas não seja a banda-desculpa-pro-gaitista-solar. E falta tb na música que identifica a geração dos 00´s, que na minha opinião, é a música eletrônica. Nisso, o Matchaka para mim era a melhor promessa, mas infelizmente acabou. Será que alguém vai pegar esse filão no Brasil?
bem, eu achava que o rock tinha morrido até ouvir placebo e assistir a ressurreição de conceitos instituídos pelos smiths. Talvez seja cedo para cantar a morte do blues. Música, moda, arte. Tudo parece andar em círculos. Só resta saber se não é uma espiral para baixo.
conversando rapidamente com o leandro, perguntei para ele como estava o nível dos alunos e o que a galera agora está querendo tocar. o interessante é que, segundo ele, a grande maioria dos alunos mais jovens não quer aprender a tocar blues na gaita, enquanto os mais velhos na maioria são blueseiros. Segundo ele, os mais novos sequer conhecem blues direito.
é engraçado pq é um pouco contra-intuitivo. normalmente as pessoas procuravam aprender diatõnica para aprender blues (o leandro é essencialmente um gaitista de diatõnica), mas o que acontece hoje é que parece que o blues perdeu espaço e o interesse por gaita continua, porém associado ao pop, ao rock e ao reggae.
na verdade, faz todo o sentido do mundo. o cenário de blues brasileiro murchou e hoje temos muita gente tocando, mas poucas bandas de projeção nacional. vamos assumir: o blues nunca esteve tão fora de moda no brasil. por outro lado, o cenário da gaita para todo o resto não está tão mal. No pop, estamos sempre ouvindo uma gaita sendo tocada em músicas do skank, do engenheiros, no charlie brown jr, do marcelo d2. Nem sempre bem tocada, mas ouvimos assim mesmo. E temos o gabriel grossi, tocando com a zélia duncan e dando novo fôlego à gaita cromática, que segue seu caminho natural dentro da mpb, do chorinho e do jazz. E isso leva pessoas interessadas para os professores de gaita. Fora isso, tem o John Popper, provavelmente o gaitista mais popular da atualidade, que com seu estilo rápido, tem conquistado fãs no pop, com muitas pitadas de folk e poucas de blues.
a década de 80 foi a profusão de gaitistas no brasil, e com isso buscou-se uma diversificação no mercado. os gaitistas começaram investindo no diferencial nacional incorporando elementos de samba e capoeira no blues, tentando exportar blues abrasileirado, já que não adianta competir com o blues original e autêntico americano fora do brasil. Depois foi tentar entrar em outros estilos e finalmente estamos tendo os frutos disso, nas pequenas gaitas do pop. Num momento em que o brasil está, de certa forma, "na moda", o que é autêntico do brasil ganha, e quem ganha mais com isso na minha opinição é a gaita super competente do gabriel grossi e o chorinho bem tocado do benevides.
o que falta? para mim, falta conquistar alguns novos espaços e surgirem gaitistas que sejam mais que grandes instrumentistas e que façam músicas realmente marcantes. John Popper é um grande gaitista, mas o Blues Traveller está além do gaitista e construiu algo que é inovador e duradouro. Falta surgirem no brasil as bandas onde a gaita faça sentido, dê identidade, tenha destaque, mas não seja a banda-desculpa-pro-gaitista-solar. E falta tb na música que identifica a geração dos 00´s, que na minha opinião, é a música eletrônica. Nisso, o Matchaka para mim era a melhor promessa, mas infelizmente acabou. Será que alguém vai pegar esse filão no Brasil?
bem, eu achava que o rock tinha morrido até ouvir placebo e assistir a ressurreição de conceitos instituídos pelos smiths. Talvez seja cedo para cantar a morte do blues. Música, moda, arte. Tudo parece andar em círculos. Só resta saber se não é uma espiral para baixo.
quinta-feira, 17 de novembro de 2005
terça-feira, 8 de novembro de 2005
a child is born
acabei de ligar pro diogo, dando os parabéns pelo rafael, que nasceu hoje, firme e forte.
foi cesária, a michelle está bem e o diogo está rindo de uma orelha a outra
muito legal mesmo. é a meninada chegando aí. tá parecendo até fim de novela ;-)
não bastasse, ele falou que aquele show do del junco e o spah viraram DVD. possivelmente, o vídeo do eberienos no palco paladar tb
isso significa que fica mais fácil copiar essas coisas entre a galera
mais uma vez, precisamos arrumar uma filmadora, pro cd do gaita-l virar o vídeo do show de lançamento do cd do gaita-l
e tb o DVD do segundo dia de show do fórum de harmônicas do ceará vai virar DVD semana que vem, fora algumas outras coisitas da mesa de mixagem do show
chegando essas coisas por aqui, eu vou dando o toque
foi cesária, a michelle está bem e o diogo está rindo de uma orelha a outra
muito legal mesmo. é a meninada chegando aí. tá parecendo até fim de novela ;-)
não bastasse, ele falou que aquele show do del junco e o spah viraram DVD. possivelmente, o vídeo do eberienos no palco paladar tb
isso significa que fica mais fácil copiar essas coisas entre a galera
mais uma vez, precisamos arrumar uma filmadora, pro cd do gaita-l virar o vídeo do show de lançamento do cd do gaita-l
e tb o DVD do segundo dia de show do fórum de harmônicas do ceará vai virar DVD semana que vem, fora algumas outras coisitas da mesa de mixagem do show
chegando essas coisas por aqui, eu vou dando o toque
Luthier - Rafael Domingos
sempre que aparece um luthier, a gente divulga.
Rafael Domingos
- Preparação de gaitas diatônicas para a utilização da técnica do cromatismo;
- Afinação, manutenção, reforma e ampliação sonora de gaitas e escaletas;
- Aula de gaita cromática e diatônica;
- Aula de harmonia funcional.
As aulas são magistradas em Juiz de Fora, Minas Gerais
telefones de contato 32-3216-6590 e 32-8811-2973
Customiza gaitas para Pablo Fagundes, Julio Rego, Sergio Camargo e Otavio Castro
Rafael Domingos
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- Aula de gaita cromática e diatônica;
- Aula de harmonia funcional.
As aulas são magistradas em Juiz de Fora, Minas Gerais
telefones de contato 32-3216-6590 e 32-8811-2973
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quinta-feira, 3 de novembro de 2005
FAQ Parte 1
Quais os tipos de gaita? Qual é a gaita prá blues?
Tem vários tipos, mas as mais usadas são a cromática de chave e a diatônica. A cromática de chave tem com 48 e 64 vozes (12 ou 16 orifícios, 4 notas em cada) e a diatônica, ou gaita blues, tem 10 orifícios.
Tem aquelas gaitas chinesas mais baratas, de camelô, ou aquelas gaitas com som de sanfona da hering (yara, sedutora, etc). Essas gaitas chamam tremolo e são mais usadas para tocar folk. Em geral são gaitas de qualidade inferior, condizente com o preço. Eu não recomendo.
Minha gaita desafinou. E agora?
agora vc manda para
Marcelo Batista (BH) - 3222-8715 / 9991-9061
Junior Blues (SP) - 9639-7967
Haroldo (SP) - 3681-4888
Márcio Abdo (SP) - 6242-5904 / 9892-3402
Ulysses Cazallas (SC) - (047) 264-5341 / (047) 9117-3574
Gaspar Vianna (RJ) - ainda dá manutenção?
ou então cria vergonha na cara e compra o método de manutenção do Ulysses Cazallas, contato aí em cima.
normalmente a gaita desafina muito mais por culpa do gaitista que da gaita. Gaita nunca é força, é jeito. O sopro tem que ser igual a um bafo. Uma free blues na mão de um gaitista com técnica costuma desafinar em 3 ou 4 meses.
Qual gaita é boa prá aprender?
a free blues, da hering. a manutenção é mais barata, é fácil de achar, tem a qualidade mínima necessária e o preço é camarada. Não compre uma gaita cara de início pq vc VAI desafinar a gaita, VAI quebrar palheta até aprender a tocar direito.
Quais tons de gaita eu devo ter?
C, G, A e D vão resolver 99% dos blues que vc vai encontrar pela frente. Nessa ordem.
Rola de aprender sozinho?
Rola, mas vc vai pegar vícios difíceis de tirar depois. O mais comum é a pessoa pegar aulas no início e depois aprender sozinho, e não o contrário. Procure um professor e pegue pelo menos 1 aula pq faz uma diferença enorme.
Não tem professor na minha cidade. Vídeo aula e métodos rolam?
Rolam sim. Pessoalmente eu não gosto de vídeo-aula, eu prefiro método. Vc encontra para vender aqui.
Onde que eu arrumo tablatura de músicas para gaita?
http://cifraclub.terra.com.br/cifras/gaita.php e http://www.harptabs.com/
O que é bend, overblow, overdraw e essas coisas?
São técnica para obter notas que não são obtidas aspirando ou soprando normalmente a gaita. Uma gaita blues tem 10 orifícios, 2 notas por orifício. Com essas técnicas, vc tem na gaita quase o dobro disso.
O mais importante dessas técnicas é o som sair afinado. Eu não vou ensinar aqui como se tira essas notas, mas já vou te adiantar que vc vai achar um teclado bastante útil.
O que é vibrato?
Vibrato é uma técnica que faz o som sair "ondulado" e existem várias maneiras de fazer, cada uma saindo de um jeito. Eu tb não vou explicar os tipos e nem como que faz, mas posso te adiantar que exigem treino diário e levam meses prá sair direito.
O que é embocadura?
É como vc coloca a gaita na boca. A boa embocadura permite que a gaita ande livremente, ao mesmo tempo em que veda a passagem de ar e não force demais os lábios. De novo, não vou explicar como é. Procure um professor ou um método.
Qual microfone é bom prá gaita?
Depende. Pro som limpo, o shure sm58 é um clássico e tem em todo estúdio. Tem outras marcas boas tb. Leson costuma ser ruim. Gaitistas costumam gostar de microfones antigos, que possuem uma distorção leve e própria. Os mais populares são os astatic jt30vc, o green bullet e o hohner blues blaster. Muita gente faz microfones de gaita sob encomenda no Brasil tb.
Prefira microfones com controle de volume embutido.
Qual amplificador é bom prá gaita?
Depende. Se vc usar um microfone de voz, nem vai precisar de amplificador. Muita gente tem usado pod da line 6 e o v-amp da behringer, que emulam amplificadores de diversos tipos e têm efeitos. São uma boa opção de custo benefício. Amplificadores bons para gaita normalmente são os que realçam os graves, ou seja, que tenham alto-falantes grandes, e valvulados, caso se queira a distorção típica do blues. Amps valvulados nunca custam menos de R$ 1000. André Serrano (RS) fabrica amplificadores de gaita valvulados de excelente qualidade.
O que é o timbre?
O timbre é o que diferencia o som de um instrumento de outro. É a característica mesmo. Se vc der um DÓ num piano e um DÓ num saxofone, é a mesma nota, mas o som é diferente pq o formato da onda sonora é diferente. O timbre é o que faz as pessoas preferirem um instrumento a outro.
O timbre do gaitista, se não considerarmos a gaita, vem da técnica do gaitista. O bom gaitista vai tocar bem na gaita que for, pq o timbre é um aprimoramento do próprio corpo.
Tem vários tipos, mas as mais usadas são a cromática de chave e a diatônica. A cromática de chave tem com 48 e 64 vozes (12 ou 16 orifícios, 4 notas em cada) e a diatônica, ou gaita blues, tem 10 orifícios.
Tem aquelas gaitas chinesas mais baratas, de camelô, ou aquelas gaitas com som de sanfona da hering (yara, sedutora, etc). Essas gaitas chamam tremolo e são mais usadas para tocar folk. Em geral são gaitas de qualidade inferior, condizente com o preço. Eu não recomendo.
Minha gaita desafinou. E agora?
agora vc manda para
Marcelo Batista (BH) - 3222-8715 / 9991-9061
Junior Blues (SP) - 9639-7967
Haroldo (SP) - 3681-4888
Márcio Abdo (SP) - 6242-5904 / 9892-3402
Ulysses Cazallas (SC) - (047) 264-5341 / (047) 9117-3574
Gaspar Vianna (RJ) - ainda dá manutenção?
ou então cria vergonha na cara e compra o método de manutenção do Ulysses Cazallas, contato aí em cima.
normalmente a gaita desafina muito mais por culpa do gaitista que da gaita. Gaita nunca é força, é jeito. O sopro tem que ser igual a um bafo. Uma free blues na mão de um gaitista com técnica costuma desafinar em 3 ou 4 meses.
Qual gaita é boa prá aprender?
a free blues, da hering. a manutenção é mais barata, é fácil de achar, tem a qualidade mínima necessária e o preço é camarada. Não compre uma gaita cara de início pq vc VAI desafinar a gaita, VAI quebrar palheta até aprender a tocar direito.
Quais tons de gaita eu devo ter?
C, G, A e D vão resolver 99% dos blues que vc vai encontrar pela frente. Nessa ordem.
Rola de aprender sozinho?
Rola, mas vc vai pegar vícios difíceis de tirar depois. O mais comum é a pessoa pegar aulas no início e depois aprender sozinho, e não o contrário. Procure um professor e pegue pelo menos 1 aula pq faz uma diferença enorme.
Não tem professor na minha cidade. Vídeo aula e métodos rolam?
Rolam sim. Pessoalmente eu não gosto de vídeo-aula, eu prefiro método. Vc encontra para vender aqui.
Onde que eu arrumo tablatura de músicas para gaita?
http://cifraclub.terra.com.br/cifras/gaita.php e http://www.harptabs.com/
O que é bend, overblow, overdraw e essas coisas?
São técnica para obter notas que não são obtidas aspirando ou soprando normalmente a gaita. Uma gaita blues tem 10 orifícios, 2 notas por orifício. Com essas técnicas, vc tem na gaita quase o dobro disso.
O mais importante dessas técnicas é o som sair afinado. Eu não vou ensinar aqui como se tira essas notas, mas já vou te adiantar que vc vai achar um teclado bastante útil.
O que é vibrato?
Vibrato é uma técnica que faz o som sair "ondulado" e existem várias maneiras de fazer, cada uma saindo de um jeito. Eu tb não vou explicar os tipos e nem como que faz, mas posso te adiantar que exigem treino diário e levam meses prá sair direito.
O que é embocadura?
É como vc coloca a gaita na boca. A boa embocadura permite que a gaita ande livremente, ao mesmo tempo em que veda a passagem de ar e não force demais os lábios. De novo, não vou explicar como é. Procure um professor ou um método.
Qual microfone é bom prá gaita?
Depende. Pro som limpo, o shure sm58 é um clássico e tem em todo estúdio. Tem outras marcas boas tb. Leson costuma ser ruim. Gaitistas costumam gostar de microfones antigos, que possuem uma distorção leve e própria. Os mais populares são os astatic jt30vc, o green bullet e o hohner blues blaster. Muita gente faz microfones de gaita sob encomenda no Brasil tb.
Prefira microfones com controle de volume embutido.
Qual amplificador é bom prá gaita?
Depende. Se vc usar um microfone de voz, nem vai precisar de amplificador. Muita gente tem usado pod da line 6 e o v-amp da behringer, que emulam amplificadores de diversos tipos e têm efeitos. São uma boa opção de custo benefício. Amplificadores bons para gaita normalmente são os que realçam os graves, ou seja, que tenham alto-falantes grandes, e valvulados, caso se queira a distorção típica do blues. Amps valvulados nunca custam menos de R$ 1000. André Serrano (RS) fabrica amplificadores de gaita valvulados de excelente qualidade.
O que é o timbre?
O timbre é o que diferencia o som de um instrumento de outro. É a característica mesmo. Se vc der um DÓ num piano e um DÓ num saxofone, é a mesma nota, mas o som é diferente pq o formato da onda sonora é diferente. O timbre é o que faz as pessoas preferirem um instrumento a outro.
O timbre do gaitista, se não considerarmos a gaita, vem da técnica do gaitista. O bom gaitista vai tocar bem na gaita que for, pq o timbre é um aprimoramento do próprio corpo.
terça-feira, 1 de novembro de 2005
Os Intocáveis Parte 1 - Little John Chrisley
Iniciando a série "Os Intocáveis", ou seja, os caras que são tão bons que vc simplesmente não consegue tocar, Little John Chrisley. Ouça as coisas dele aqui
Mas podemos tb interpretar "Os Intocáveis" como aqueles caras que não tocam em lugar nenhum. Nenhuma rádio, nenhuma TV, só as rádios na web, mas o alcance da rádio na web é muito pequena. ALGUÉM ME DÊ UM PROGRAMA DE RÁDIO SEMANAL PLIS! ;-)
Claro que eu não vou ficar perdendo tempo aqui mostrando os gaitistas que todo mundo conhece. Se vc é gaitista, tem a obrigação de conhecer os gaitistas clássicos. Eu não vou ficar falando de Sonny Boy Williamson ou de Little Walter nos Intocáveis. Sorry.
Little John é um dos gaitistas branquelos da nova geração que canta parecido com o Johnny Lang, mas que tem um som altamente suingado e bacana de se ouvir, com solos empolgantes pradaná.
Prá não dizer que eu não sou um cara camarada, ouça por inteiro Born in Rochester e me diga se é possível tocar o que ele toca nessa música ;-) em especial o solo aos 3 minutos do primeiro tempo.
E ele voa tb ;-)
Mas podemos tb interpretar "Os Intocáveis" como aqueles caras que não tocam em lugar nenhum. Nenhuma rádio, nenhuma TV, só as rádios na web, mas o alcance da rádio na web é muito pequena. ALGUÉM ME DÊ UM PROGRAMA DE RÁDIO SEMANAL PLIS! ;-)
Claro que eu não vou ficar perdendo tempo aqui mostrando os gaitistas que todo mundo conhece. Se vc é gaitista, tem a obrigação de conhecer os gaitistas clássicos. Eu não vou ficar falando de Sonny Boy Williamson ou de Little Walter nos Intocáveis. Sorry.
Little John é um dos gaitistas branquelos da nova geração que canta parecido com o Johnny Lang, mas que tem um som altamente suingado e bacana de se ouvir, com solos empolgantes pradaná.
Prá não dizer que eu não sou um cara camarada, ouça por inteiro Born in Rochester e me diga se é possível tocar o que ele toca nessa música ;-) em especial o solo aos 3 minutos do primeiro tempo.
E ele voa tb ;-)
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