FIQ em exposição: "
Confira as mostras e exposições da 6° edição do FIQ. Aguarde pelos próximos posts com detalhes sobre homenagens à França.
70 ANOS DO BATMAN
Super-herói dos mais importantes, o Homem Morcego é um dos míticos personagens das histórias em quadrinhos. Conhecido em todo mundo, com aficionados espalhados pelos quatro cantos do globo, Batman está completando 70 anos. O personagem da DC Comics continua em plena forma e ainda conquista fãs de todas as idades. Uma de suas características mais enigmáticas é o fato de não possuir nenhum poder sobre-humano: sua força vem do intelecto e de uma tecnologia privilegiada, como a utilizada no batmóvel, por exemplo. Durante o FIQ, Belo Horizonte transforma-se em Gotham City e presta esta justa homenagem ao alter-ego de Bruce Wayne.
A ARTE DE JOE BENNETT
Nome ressoante internacionalmente no universo quadrinista, o ilustrador Joe Bennett é talvez o brasileiro mais conhecido no segmento dos quadrinhos ficcionais. Colaborador da DC Comics, já desenhou grandes personagens das publicações do estúdio, como Batman, Gavião Negro e Teen Titans. Também já fez desenhos do Capitão América, personagem da Marvel. Hulk, Conan, Namor, Elektra também fazem parte de seu portfólio. Joe trabalhou com grandes expoentes dos quadrinhos, como Alan Moore, Alex Raymond [Flash Gordon] e Harold Foster [Príncipe Valente]. A mostra “Em Com Sequências” faz um panorama de sua obra com desenhos originais que marcaram sua biografia profissional. Cerca de trinta ilustrações serão expostas nas dependências do Palácio das Artes.
QUADRINHOS CHINESES
Na China há um grande mercado de quadrinhos. Como tudo naquele país, os quadrinhos por lá também estão envolvidos por toda uma mística e tradição. Em vários momentos da história chinesa os quadrinhos foram utilizados em ações políticas e culturais - Mao Tse Tung se favoreceu bastante dessa forma de comunicação e exposição de ideais. As opções são fartas, existem versões quadrinizadas dos contos populares de Pequim, histórias fantasmagóricas e mitos da China antiga, antologias de humor, ensinamentos de mestres e pensadores chineses milenares.
Os quadrinhos chineses sustentam uma semelhança com o mangá japonês e sofrem influência do traço europeu e americano. Além disso, há uma mescla com o estilo usado no quadrinho tradicional chinês, criando estilos originais e fascinantes. As histórias em quadrinhos chinesas são conhecidas como manhua. Significam basicamente “humor” [man] e “desenho” [hua]. Hoje, o manhua é um veículo poderoso de imaginação, comunicação e expressão realizado por meio de vibrantes sequências visuais. Embora exista uma tradição antiga de narração gráfica chinesa, quadrinhos no sentido moderno é um fenômeno relativamente novo por lá.
A mostra será encabeçada pela editora Xiao Pan, fundada por Patrick Abry. Conta também com trabalhos de Benjamin, Ji Di, Mu Feng Chun, Nie Chongrui, Pocket Chocolate, Rain, Song Yang, Xia Da, Yao Fei La, Zhang Lei e Zhu Le Tao.
NEORAMA - MOSTRA MUNDIAL DE QUADRINHOS
Ampla gibiteca composta por publicações de quadrinhos de vários países do mundo. Dirigido por Marko Ajdaric, o Neorama é considerado um dos mais abrangentes sites de quadrinhos. A Mostra Mundial de Quadrinhos vai reunir publicações do mundo todo para que os visitantes possam ter a experiência de conhecer a evolução atual do quadrinismo em todo o mundo. São mais de 240 publicações entre álbuns, livros e revistas teóricas e antologias, trazendo mais de 700 artistas de todo o mundo. Os frequentadores do FIQ terão acesso fácil e raro a vários formatos, papéis, enquadramentos, matizes de cores utilizadas por artistas de todo o mundo. Entre os destaques da mostra, a presença de obras do brasileiro José Roosevelt [inédito por aqui], gibis publicados nos EUA com desenhos de ilustradores brasileiros, nova antologia sérbia Stripolis [com a presença de 2 mineiros], A ciclopédia Del Tebeo al Manga, mangás da Indonésia, álbuns premiados nos mais importantes festivais do mundo [Eisner, SPX, Amadora, Angoulême, Napoli Comicon e Saló de Barcelona]. Eslovênia, Polônia e Finlândia terão grande destaque na mostra, com representação quase que completa da nova geração de ilustradores desses países. O moderno quadrinismo brasileiro também vai estar presente: desenhos de publicações da Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
MOSTRA LINIERS
Ricardo Liniers é o cartunista mais importante da Argentina nos dias atuais. Sua obra mais conhecida é Macanudo, tirinha cujo início deu-se em publicações semanais no jornal Página/12, entre os anos de 1999 e 2002. No entanto, foi no diário La Nación que suas ilustrações atingiram estrondoso sucesso e tomaram a forma atualmente conhecida. No Brasil, a tirinha é publicada pelo jornal Folha de S.Paulo. Utilizando-se de lápis, nanquim e aquarela, o artista abusa de situações autobiográficas e sugere um mundo mais justo, onde o humor é sutil, bobo e existencialista ao mesmo tempo. Formado em publicidade, Liniers faz ilustrações desde criança. Antes de ficar conhecido, publicou seus desenhos em várias fanzines.
CARTUM E FUTEBOL
Mais que oportuna a união da paixão nacional e história em quadrinhos. Por isso, o FIQ monta exposição toda dedicada a esse casamento providencial. O cartum geralmente é o desenho que tem bastante humor em seu conteúdo. Como o futebol brasileiro é recheado de histórias curiosas, a exposição conta com material de sobra como fonte de pesquisa e inspiração. Um pebolim gigante será montado nas dependências do Parque Municipal, sugerindo que as pessoas participem da interação entre o mundo da bola e o universo HQ. Ilustrações de grandes quadrinistas brasileiros serão exibidas, todas relacionadas ao esporte mais popular do país.
BECO DOS ARTISTAS
Espaço para apreciação e contemplação do momento em que o desenho ganha forma. Ilustradores estarão elaborando seus trabalhos em tempo real, dando aos frequentadores a possibilidade de acompanhar de perto o processo de criação. Vários artistas estão confirmados, dentre os quais os quadrinistas Rafael Albuquerque, Eddy Barrows, Ig Barros [Marvel], Rodney Buchemi [Marvel], Julio Ferreira [DC Comics], Daniel HDR, Joe Prado [DC Comics], Renato Guedes [DC Comics], Rod Reis [DC Comics], Cris Bolson, Eduardo Pansica, dentre outros.
QUADRINHOS ALEMÃES
Exibição de trabalhos de dois dos mais representativos artistas dos quadrinhos da Alemanha.
Jens Harder: um dos fundadores do grupo berlinense de HQ Monogatari. Sua estreia no mundo dos quadrinhos deu-se em 2001 com a publicação de “Espionagem do Cotidiano”, espécie de reportagem sobre Berlim. Entre suas obras encontramos numerosos gibis que aliam talento e equilíbrio no uso de formas e cores. Ao lado de outros quadrinhos em estilo de reportagem, criou “Leviatã”, uma enorme epopeia cheia de fantasia em torno de uma baleia, com citações de retiradas de “Moby Dick” e da Bíblia, trabalho que rendeu-lhe o prêmio Max-und-Moritz de melhor publicação de HQ em língua alemã. É recorrente em alguns de seus quadrinhos a ausência de diálogos.
Reinhard Kleist: vencedor do cobiçado prêmio Max-und-Moritz, do Salão de HQs de Erlangen, seu trabalho tem ligação com o fantástico e sobrenatural. A partir de “O Retrato de Dorian Gray”, de Oscar Wilde, e “Restos humanos”, de Barker, Kleist, fez uma amálgama que resultou no álbum “Dorian”. Em “Das Grauen im Gemäuer” [O Horror nas Ruínas], ele interpreta em preto e branco alguns contos de Lovecraft. Também é autor de “Berlinoir”, parábola política contra o que aconteceu e acontece na metrópole. Kleist desenha um retrato complexo que desmascara a sociedade, com um traço que conquistou críticos e especialistas alemães. Já ilustrou também uma biografia em quadrinhos do cantor Johhny Cash [I See Darkness] e um relato de viagem biográfico passado em Cuba [Havana - Uma Viagem Cubana].
AVALIAÇÃO DE PORTIFÓLIO COM EDDIE BERGANZA
O mercado de quadrinhos brasileiro vem aumentando cada vez mais seu potencial. Proporcionalmente, talentos aparecem a todo instante, sempre sedentos por um espaço para mostrar seu trabalho. Por isso, o FIQ traz mais uma vez a BH Eddie Berganza, editor-sênior da DC Comics há cerca de 17 anos - uma das maiores editoras norte-americanas, que edita os títulos Superman, Batman, Mulher-Maravilha, Lanterna Verde, dentre outros. Na última edição do FIQ, Berganza afirmou que nunca encontrou tantos novos artistas já prontos num mesmo evento. No dia 10 de outubro, entre 9h30 e 11h30, Eddie Berganza irá analisar portfólios e possivelmente identificar novos talentos brasileiros. Sabe-se que na última edição do FIQ, dois ilustradores foram contratados para trabalhar em publicações dos EUA. Muitos dos talentos com os quais Eddie já trabalhou vieram do Brasil, dentre os quais Ed Benes, Ivan Reis e Eddye Barrows.
EXPOSIÇÃO VIRTUAL DE TIRINHAS
Espécie de panorama das tirinhas mais importantes publicadas na internet, “Webtiras simplesmente” será uma exposição que irá trazer trabalhos de trinta autores, tais como Dário Velasco, Mariana Valentim, Evandro Alves, Rodrigo Chaves, Fabio Ciccone, Rogério Marcus, Tietê, Rodrigo Leão, Carlos Ruas, Richardson Santos, dentre outros. O gênero tiras foi o que melhor encontrou acolhida no universo digital: autores de diversas partes do Brasil e do mundo expõe trabalhos diários e comentam com seus leitores, numa atividade constante e dinâmica. Não raras vezes essas publicações digitais invertem o caminho tido como natural, migrando do formato web para o impresso. A inclusão das webtiras ou webcomics no FIQ contempla um segmento da produção de quadrinhos contemporâneos pouco difundido em eventos oficiais, porém muito popular entre os leitores, dando a oportunidade de quem não pode ir até o evento de ter uma mostra diferenciada e destinada a esse público. A curadoria da exposição é de Amauri de Paula, editor do portal Quadrinho.com e do projeto “Apaixonados por Quadrinhos”. No hotsite www.quadrinho.com/webtiras as tiras também estarão disponíveis.
EXPOSIÇÃO CAROLE RAYON - ESPAÇO 104 [Praça Rui Barbosa, 104 - Centro]
A exposição “O Rio dos Sonhos” é um diário com desenhos e pinturas da artista plástica francesa, que tenta lançar novo olhar sobre o Rio de Janeiro, destino de sua viagem em 2008. Cidade repleta de belezas, capaz de despertar paixões e emoções profundas - apesar da latência do medo e negativismo que rondam a urbe nos últimos anos -, o Rio conquista o olhar atento e sensível da artista, tema providencial no Ano da França no Brasil. Seu trabalho artístico se articula em torno de uma pintura expressionista, gestual, de visões oníricas. A exposição tem o apoio do Consulado Francês e Aliança Francesa.
CENTROS CULTURAIS
Pulverizados em áreas fora do centro de BH, os Centros Culturais da Fundação Municipal de Cultura irão receber cinco exposições especiais durante o FIQ, numa iniciativa que visa facilitar ainda mais o acesso de toda população às mostras de quadrinhos, a saber:
ARTISTAS FRANCESES
Oportunidade única para descobrir a nova geração de autores franceses de quadrinhos, em homenagem ao Ano da França no Brasil. Foram escolhidos o material de dez artistas, talvez os mais importantes, para esse contato com os visitantes. Suas obras foram consagradas por prêmios no festival de Angoulême e Meca dos Quadrinhos, além de solicitados e publicados pelo mundo. Cinco Centros Culturais expões dois artista, cada um.
Centro Cultural Lindéia Regina recebe obras de Jean-Pierre Duffour e Joann Sfar.
Centro Cultural São Bernardo recebe obras de Christophe Blain e David B.
Centro Cultural Urucuia recebe obras de Frédéric Boilet e Emile Bravo.
Centro Cultural Vila Fátima recebe obras de Nicolas de Crécy e Emmanuel Guibert.
Centro Cultural Vila Santa Rita recebe obras de Winshluss e Marjane Satrapi.
GRAFFITTI 76% QUADRINHOS: MULHERES - CENTRO CULTURAL LAGOA DO NADO
O mundo feminino homenageado por meio dos quadrinhos. Promovida pela Revista Graffitti, a exposição conta com trabalhos dos artistas Powerpaola [EQU], Avril Filomeno Nuñez [PER], Karla Freire, Bruno Azevêdo, Eloar Guazzelli, Maartje Schalkx [HOL], Tomoko, Maria Elena Berenice Filomeno Nuñez [PER], Carolina Mello, Maja Veselinovic [SER], Marcelo d’Salete. A exposição entra em cartaz no Centro Cultural Lagoa do Nado.
CHANTAL - CENTRO CULTURAL SALGADO FILHO
Mineira de João Monlevade, Chantal Herskovic é formada em Design Gráfico pela UEMG e possui mestrado em Artes Visuais pela UFMG. Seu trabalho foi destaque em diversos encontros e festivais de quadrinhos, entre eles a 3° Bienal Internacional e os Festivais Internacionais de Quadrinhos, realizados em BH. Já teve desenhos publicados na Suíça e nos Estados Unidos e participou de exposições em Barcelo e Madri. Suas ilustrações, publicadas em jornais e revistas, também podem ser apreciadas em livros. A série “Juventude” já rendeu três volumes. Chantal também é autora dos livros “Blog da Cacau: ninguém merece!” e “Ai, amigas! Ninguém merece!”. Atualmente mantém uma publicação no jornal Estado de Minas.
MESTRES DO SOUL E DO BLUES - CENTRO CULTURAL VILA MARÇOLA
O ilustrador paulista Bira Dantas é um aficionado por blues e soul - sua ligação com a música vem desde a juventude. Por influência de seu irmão, acabou tornando-se um colecionador de vinis, cds e dvds. Desde o final da década de 90, o ilustrador faz caricaturas de artistas que fizeram a história do soul e do blues. O FIQ monta uma exposição com várias dessas caricaturas ilustradas por Bira Dantas. Lá estarão blueseiros consagrados como Robert Johnson, Muddy Watters, Betty Smith, Nancy Mine, e nomes brasileiros como Tim Maia e Toni Tornado. Outra parte da exposição será composta por caricaturas que o artista irá fazer dos frequentadores do Quarteirão do Soul e do Soul da Serra, ambos eventos de black music realizados na capital mineira. O primeiro acontece no centro de BH e o segundo é realizado no Centro Cultural Vila Marçola.
Bira Dantas acaba de ser contemplado com o prêmio HQ Mix - que premia os melhores profissionais do quadrinho brasileiro - na categoria de melhor adaptação para quadrinhos com a obra D. Quixote. Cartunista e ilustrador de longa carreira, atualmente encontra-se em andamento seu trabalho de adaptação da obra “O Ateneu”, de Raul Pompéia, para os quadrinhos.
CLUBE DA ESQUINA - CENTRO CULTURAL VENDA NOVA
Fãs do Clube da Esquina serão surpreendidos com uma exposição das criativas tirinhas desenhadas pelo artista paulista Laudo Ferreira Júnior. O ilustrador adaptou a história do grupo para os quadrinhos, com base no livro “Os Sonhos Não Envelhecem”, de Márcio Borges.
Há 4 anos o artista começou a recriar em desenhos alguns momentos da música popular brasileira. Após alguns encontros com nomes que participaram dessa história, acabou tendo a ideia de fazer quadrinhos usando os músicos do Clube da Esquina como personagens. Em seguida o trabalho resultou na própria adaptação de toda a história do Clube da Esquina. As tiras, até então disponíveis no site do Museu Clube da Esquina [museudapessoa.net/clube], entram em exposição durante o FIQ no Centro Cultural Venda Nova. Encontra-se em andamento projeto para que a HQ seja publicada em formato livro.
GALERIA DOS CONVIDADOS
Exposição de trabalhos dos artistas convidados que estarão presentes durante o FIQ, a saber: Guy Delisle [FRA], Bem Templesmith [AUS], Craig Thompson [EUA], Olivier Tallec [FRA], Juan Dias Canales [ESP] e Teresa Valeros [ESP].
SOLAR - 15 ANOS
Exposição no Parque Municipal do personagem Solar, que completa 15 anos de história, criado pelo quadrinista Wellington Srbek. A revista Solar se apresenta como narrativa de mitos que teriam ligação com a transformação do protagonista em super-herói. Nas histórias é possivel encontrar uma tensão constante entre um mundo supostamente real e a realidade subjacente a ele.
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